Pular para o conteúdo principal
Chapéu
Sindicato

Bancários em greve por tempo indeterminado

Imagem Destaque
Bancários de São Paulo, Osasco e região reunidos em assembléia na noite de hoje (5) decidiram pela greve por tempo indeterminado a partir desta quinta, dia 6. Os trabalhadores protestam contra o reajuste de 4% oferecido pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e pela intransigência dos banqueiros que interromperam o processo negocial.

Amanhã, a greve deve atingir principalmente as concentrações dos bancos (maiores locais de trabalho onde funcionam os setores administrativos).

“Como é dia de pagamento de aposentados, os bancários decidiram não prejudicar a população, por isso vamos concentrar nossos esforços nos setores administrativos. Isso não impede que o movimento se amplie e algumas agências parem”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.

O presidente do Sindicato lembra que, ao contrário do que afirma a direção da Fenaban, os banqueiros foram avisados pelos bancários da recusa da proposta no dia 22 de setembro por ofício que solicitou, ainda, a retomada das negociações. Entretanto, após quase duas semanas, nenhuma nova rodada de negociação foi marcada. “Essa total ausência de proposta e de disposição para negociar levou os bancários à greve. Não restou outra saída que não a pressão da mobilização dos trabalhadores nos locais de trabalho.
Os bancários só voltam a trabalhar quando tiverem uma proposta que contemple o aumento real e uma participação nos lucros de resultados (PLR) maior”, ressalta o dirigente.

As reivindicações – A minuta de reivindicações foi entregue aos banqueiros em 11 de agosto e contém 100 cláusulas econômicas e sociais. Saúde é um dos eixos de campanha e há cláusulas de prevenção, reabilitação e isonomia dos trabalhadores afastados com os da ativa. Os bancários querem reajuste salarial de 11,77% (reposição da inflação de 5,69%, ICV Dieese, mais aumento real de 5,75%), PLR maior (um salário mais valor fixo de R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários), valorização dos pisos, garantia de emprego e novas conquistas – como o 14º salário, 13ª cesta-alimentação, proteção salarial (reajuste sempre que a inflação acumulada alcançar 3%). Dentre as cláusulas sociais, há pontos como a promoção da igualdade de oportunidades e o controle de tempo de espera nas filas. Também são reivindicados o fim da terceirização e a recontratação dos terceirizados; ampliação do horário de atendimento ao público para das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho; medidas para coibir e combater o assédio moral; continuidade dos trabalhos da Comissão de Segurança Bancária; eleição de delegados sindicais nos locais de trabalho.

A categoria – A data-base da categoria é 1º de setembro. O contrato coletivo de trabalho dos bancários é nacional. No Brasil há cerca de 400 mil bancários. Em São Paulo, Osasco e Região são 106 mil trabalhadores distribuídos em torno de 3 mil locais de trabalho. No ano passado, os bancários receberam reajuste salarial que variou entre 8,5% e 12,77% (no piso salarial), contra uma inflação de 6,4%. 
seja socio