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Chapéu
Sindicato

Bancários entram no quinto dia de greve

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Os bancários de São Paulo, Osasco e região entraram hoje no quinto dia de greve. Na sexta (7), os trabalhadores decidiram permanecer parados. Cerca de 26 mil trabalhadores aderiram à greve na semana passada em mais de 210 locais de trabalhos. O balanço desta segunda-feira será divulgado mais tarde.
Hoje (10), a partir das 18h, os bancários fazem assembléia na Quadra do Sindicato (Rua Tabatingüera, 192, Sé) para avaliar o movimento. “Estamos esperando que os banqueiros reabram o processo de negociação ainda hoje”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. “Os bancários estão promovendo uma greve pacífica, apesar da violenta intervenção da Polícia Militar, e com toda preocupação em não prejudicar a população, que apóia o movimento. Exercemos nosso direito de greve para alcançar um reajuste justo para a categoria”, diz Marcolino.

Atividades – Neste momento (11h de 10/10), os bancários estão realizando atividades em frente ao Bradesco Prime (Av. Paulista, estação Trianon do metrô) e ao Bradesco Nova Central (Av. Ipiranga, próximo ao Edifício Copan). No primeiro, os trabalhadores fazem uma sardinhada pra chamar a atenção da população e, no segundo, vai ter frango com farofa. “São atividades bem-humoradas que os bancários fazem para chamar a atenção para suas reivindicações e dialogar com os clientes”, conta Marcolino.

As reivindicações – A minuta de reivindicações foi entregue aos banqueiros em 11 de agosto e contém 100 cláusulas econômicas e sociais. Saúde é um dos eixos de campanha e há cláusulas de prevenção, reabilitação e isonomia dos trabalhadores afastados com os da ativa. Os bancários querem reajuste salarial de 11,77% (reposição da inflação de 5,69%, ICV Dieese, mais aumento real de 5,75%), PLR maior (um salário mais valor fixo de R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários), valorização dos pisos, garantia de emprego e novas conquistas – como o 14º salário, 13ª cesta-alimentação, proteção salarial (reajuste sempre que a inflação acumulada alcançar 3%). Dentre as cláusulas sociais, há pontos como a promoção da igualdade de oportunidades e o controle de tempo de espera nas filas. Também são reivindicados o fim da terceirização e a recontratação dos terceirizados; ampliação do horário de atendimento ao público para das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho; medidas para coibir e combater o assédio moral; continuidade dos trabalhos da Comissão de Segurança Bancária; eleição de delegados sindicais nos locais de trabalho.

A categoria bancária protesta, em greve nacional, contra o reajuste de 4% oferecido pelos banqueiros na última rodada de negociação ocorrida em 20 de setembro.

A categoria – A data-base da categoria é 1º de setembro. O contrato coletivo de trabalho dos bancários é nacional. No Brasil há cerca de 400 mil bancários. Em São Paulo, Osasco e Região são 106 mil trabalhadores distribuídos em torno de 3 mil locais de trabalho. No ano passado, os bancários receberam reajuste salarial que variou entre 8,5% e 12,77% (no piso salarial), contra uma inflação de 6,4%. 
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