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Chapéu
Campanha

Termina Encontro Nacional dos Bancários

Linha fina
Bancários de todo o Brasil votam, por unanimidade, greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 6
Imagem Destaque
O Encontro Nacional dos Bancários terminou às 13h com o indicativo de greve por tempo indeterminado a partir de 6/10. Os cerca de 1.500 trabalhadores de todo o Brasil também deliberaram pela realização de assembléias da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, para debater questões específicas. Em São Paulo, essas assembléias acontecem nos dias 3 e 4, respectivamente, e a assembléia geral da categoria, que delibera sobre a greve por tempo indeterminado, na noite de 5/10, na Quadra do Sindicato (Rua Tabatingüera, 192, Sé).

Os bancários também decidiram fazer uma campanha nacional de desgaste da imagem do Bradesco, para denunciar a violência que o banco vem utilizando contra os trabalhadores nas atividades da campanha salarial. Foi votada, ainda, uma moção de repúdio ao trabalho aos sábados no HSBC.

"Os banqueiros já sabem da recusa da proposta desde o dia 22 e não marcaram nova rodada de negociação. Não resta outra alternativa aos trabalhadores que não a greve", diz o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.

A proposta - Depois de mais de 40 dias com a minuta de reivindicações nas mãos, a Fenaban ofereceu, no dia 20, reajuste de 4% para salários, pisos e demais verbas salariais; abono de R$ 1.000 e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) nos mesmos moldes da paga no ano passado, ou seja, 80% do salário mais valor fixo de R$ 733. Os banqueiros anunciaram, ainda, que pretendem retirar a 13ª cesta-alimentação paga no ano passado. Os bancários rejeitaram a proposta e votaram, em assembléia no dia 21, estado de greve - podem parar a qualquer momento - e um calendário de atividades que determinou a paralisação de 24 horas do dia 28.

As reivindicações - A minuta de reivindicações entregue aos banqueiros em 11 de agosto contém 100 cláusulas econômicas e sociais. Saúde é um dos eixos de campanha e há cláusulas de prevenção, reabilitação e isonomia dos trabalhadores afastados com os da ativa. Os bancários querem reajuste salarial de 11,77%, PLR maior (um salário mais valor fixo de R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários), valorização dos pisos, garantia de emprego e novas conquistas - como o 14º salário, 13ª cesta-alimentação, proteção salarial (reajuste sempre que a inflação acumulada alcançar 3%). Dentre as cláusulas sociais, há pontos como a promoção da igualdade de oportunidades e o controle de tempo de espera nas filas. Também são reivindicados o fim da terceirização e a recontratação dos terceirizados; ampliação do horário de atendimento ao público para das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho; medidas para coibir e combater o assédio moral; continuidade dos trabalhos da Comissão de Segurança Bancária; eleição de delegados sindicais nos locais de trabalho.

A categoria - A data-base da categoria é 1º de setembro. No Brasil há cerca de 400 mil bancários. Em São Paulo, Osasco e Região são 106 mil trabalhadores distribuídos em torno de 3 mil locais de trabalho. No ano passado, os bancários receberam reajuste salarial que variou entre 8,5% e 12,77% (no piso salarial), contra uma inflação de 6,4%. 
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