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Nesta sexta, 17, na primeira negociação desde o início da greve, há nove dias, o Comando rejeitou proposta apresenta pela federação dos bancos (Fenaban), considerada ainda baixa pelos dirigentes sindicais. A proposta apresentada prevê reajuste de 9% para os salários até R$ 1.500 e 7,5% para quem ganha acima desse valor. Para o vale-refeição, o vale-alimentação e o auxílio-creche-babá o reajuste proposto foi de 7,5%, bem abaixo da reivindicação da categoria: auxílio-creche e vale-alimentação de R$ 415, além de vale-refeição de R$ 17,50 por dia.
Em relação à Participação nos Lucros e Resultados (PLR), os banqueiros propuseram manter a mesma formulação de regra básica (80% do salário mais valor fixo de R$ 957,02 já corrigido pelos 9%). O valor adicional à PLR, de acordo com variação do crescimento do lucro, poderá chegar, corrigido pelos 9%, a R$ 1.962. O problema é que só pagam valor adicional este ano os bancos cujos lucros cresceram pelo menos 15%, o que excluiria a maior parte dos bancários.
"A proposta é inferior ao reivindicado pelos bancários. Amanhã (17) as negociações continuam e vamos buscar melhorar a proposta, já que os bancos somaram resultados extraordinários – seja em lucro, rentabilidade e ativos – e têm condições de apresentar uma proposta à altura do empenho dos bancários. Queremos aumento real e PLR maior para todos os trabalhadores", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato e membro do Comando.
Balanço – A greve se manteve forte nesta quinta, 16, nono dia do movimento com 17.330 bancários aderindo à paralisação em São Paulo, Osasco e região. Foram paralisados os trabalhos em 504 agências bancárias e nos centros administrativos do Unibanco da Rua Boa Vista e da Praça do Patriarca, nos prédios administrativos da Caixa Federal na Sé, Paulista e Santo Amaro, além do Banco do Brasil nos complexos São João, Verbo Divino e da Vila Mariana.
Nova Assembléia - Na segunda-feira, dia 20 de outubro, os bancários de São Paulo e Osasco e região realizam assembléia, às 19h, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatingüera, 192).
Aumento – A categoria quer aumento real de 5% (além da inflação de 7,15%), valorização dos pisos, auxílio-creche de R$ 415, vale-refeição de R$ 17,50 por dia, além de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta de três salários mais valor fixo de R$ 3.500. Os bancários rejeitaram no dia 24 de setembro proposta dos banqueiros que previa reajuste de 7,5% e PLR menor do que a paga no ano passado.