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Mais de 34,8 mil bancários permaneceram em greve nesta sexta, 10

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Apesar da ação policial, cárcere de trabalhadores e ações judiciais, 34.800 bancários de São Paulo, Osasco e região aderiram à greve da categoria nesta sexta-feira, 10 de outubro, terceiro dia de mobilização, que foi encerrado com uma passeata pelas ruas do centro velho da capital paulista.

Em razão da falta de proposta da federação dos bancos (Fenaban) a greve será mantida na segunda-feira, 13 de outubro, quando uma nova assembléia, às 17h, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatingüera, 192, Sé), vai definir os rumos do movimento.

“Apesar da repressão, a greve continua forte. Os bancários estão mobilizados porque sabem que os bancos, campeões em lucro, ativos e rentabilidade, têm condições de atender às reivindicações da categoria. A greve continua até que as negociações sejam reabertas com apresentação de proposta aos bancários”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
O dirigente lembra que os nove maiores bancos do país ampliaram em média em 31% o provisionamento, neste ano, para o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Apesar disso, querem pagar menos do que no ano passado. São R$ 2 bi previstos no balanço dos bancos para serem distribuídos aos bancários. O valor é suficiente para atender à reivindicação de PLR dos bancários: três salários mais valor fixo de R$ 3.500 (veja tabela abaixo). Os trabalhadores querem, ainda, aumento real de 5% (além da inflação de 7,15%), valorização dos pisos, fim do assédio moral e das metas abusivas.
 
Balanço de greve – Cerca de 34.800 trabalhadores de 749 agências bancárias e 11 centros administrativos – dos bancos Santander, Safra, HSBC, Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – aderiram à paralisação nesta sexta-feira, 10 de outubro. Estima-se que 29% dos 120 mil bancários da base de São Paulo, Osasco e região foram abrangidos pelo terceiro dia de mobilização.

Passeata – Cerca de 800 bancários realizaram uma passeata no centro velho da capital. Eles saíram da Rua XV de Novembro, percorreram as ruas São Bento, Direita, Quitanda, Tesouro e o Largo do Café. O ato faz parte das mobilizações da campanha nacional.

Cárcere de Trabalhadores – O Unibanco foi autuado pela Superintendência Regional do Trabalho (SRT) no início da tarde de quinta-feira, dia 9, por forçar trabalhadores a entrar de madrugada no prédio da Praça do Patriarca, no Centro da cidade, desde terça, 7. Leia mais em www.spbancarios.com.br/bunibanco.asp?c=9108.

Ação policial – O Bradesco mais uma vez acionou a polícia para forçar a abertura das agências bancárias. Hoje, 11 policiais militares permaneceram na agência do Bradesco da Rua XV de novembro, a pedido do banco, para tentar abrir o local. Veja galeria de fotos (www.spbancarios.com.br/bradesco.asp?c=9106).

Ações judiciais – Chuva de interditos proibitórios. Mais uma vez os bancos estão forçando a abertura das agências bancárias por meio de medida judicial. Em razão disso, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região lançou nesta quinta-feira, 9 de outubro, campanha contra a utilização do interdito proibitório como instrumento para inviabilizar o direito de organização e manifestação dos trabalhadores. Leia mais em www.spbancarios.com.br/bunibanco.asp?c=9108.

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