Na busca por um acordo que possa por fim a greve, os bancários conseguiram com que a Caixa Economia Federal voltasse à mesa de negociação ainda nesta terça-feira 20, às 21h30. Desde o dia 14, o Comando Nacional dos Bancários cobrava a reabertura do processo de negociação com a direção do banco.
“Apostamos na mesa de negociação como espaço para solução de impasses. Os bancários querem valorização com melhoria nas condições de trabalho, por meio de mais contratações, com igualdade de direitos entre funcionários novos e antigos e com uma participação nos Lucros e Resultados mais justa”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e membro do Comando Nacional dos Bancários.
TST - O Comando Nacional dos Bancários participa nesta quarta-feira 21, às 9h, de audiência de conciliação e instrução no Tribunal Superior do Trabalho (TST). No último dia 15, a direção da Caixa Econômica Federal ajuizou dissídio coletivo com pedido de liminar e “declaração de abusividade da greve”. Além de marcar a audiência, o TST indeferiu a liminar.
Greve e assembleia - Os bancários da Caixa Econômica Federal chegam nesta quarta-feira 21 ao 28º dia de greve, com assembelia realizada às 16h, na Quadra do Sindicato (Rua Tabatinguera, 192, Sé).
Histórico - A última negociação entre representantes dos bancários e a direção Caixa foi realizada na terça 13. Na ocasião, a direção da Caixa apresentou uma proposta que trouxe modificações apenas em relação à Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
PLR – O banco se comprometeu a pagar de PLR o que for mais vantajoso para cada bancário: a proposta da federação dos bancos (Fenaban) ou a específica da Caixa.
Pela regra da Fenaban, os bancários receberiam a regra básica composta por 90% do salário, mais valor fixo de R$ 1.024. Além disso, o funcionário receberia valor adicional de 2% do lucro líquido, divido em partes iguais entre os funcionários, com teto de R$ 2.100. De acordo com a Caixa, por esta regra básica e valor adicional, o bancário receberia até R$ 5.649, conforme expectativa de lucro projetado.
Pela regra específica da Caixa, a PLR pode variar entre R$ 4 mil e R$ 10 mil de acordo com a função dos bancários.
Reivindicações sem avanços:
Isonomia de direitos – Bancários reivindicam igualdade de direitos entre funcionários, já que os trabalhadores que ingressaram depois de 1998 têm menos direitos;
Mais contratações – Bancários exigem a ampliação das contratações de mais bancários, além das 3 mil previstas.
Plano de Cargos Comissionados – O banco se recusa a discutir uma política de valorização salarial e de evolução na carreira no Plano de Cargos Comissionados (PCC)
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