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Negociação será retomada nesta sexta e bancários decidem manter greve

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Os bancários de São Paulo, Osasco e região decidiram, em assembleia, manter a greve por tempo indeterminado que chega nesta sexta-feira 2 de outubro ao nono dia. As negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban) foram suspensas nesta quinta-feira 1°, sem apresentação de proposta por parte dos banqueiros. A rodada será retomada nesta sexta-feira 2, a partir das 11h, no Maksoud Plaza (Alameda Campinas, 150).

O debate sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) tomou boa parte das negociações de hoje. Os bancários reforçaram a necessidade de tornar a distribuição da PLR mais justa com regras simplificadas. A categoria reivindica PLR composta por três salários mais valor fixo de R$ 3.850. Em sua proposta anterior, a Fenaban previa pagamento de 1,5 salário, limitado a R$ 10 mil e a 4% do lucro líquido do banco. No ano passado, os bancários receberam até 2,2 salários limitado a R$ 13.862. Pela regra em vigor, os bancos têm que distribuir entre 5% e 15% de seu lucro liquido, mas propuseram diminuir o teto para 4% do lucro líquido. Em 2008, os bancários receberam até R$ 1.980 de valor adicional à PLR. Se os bancários aceitassem a atual proposta da Fenaban, esse valor adicional seria de até R$ 1.500.

“Com essa formulação todos os bancários perdem. Esse é um dos motivos da forte greve dos bancários que não aceitam redução da PLR que em alguns casos pode superar um salário”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e membro do Comando Nacional dos Bancários. “Os bancários querem aumento real de salários, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) mais justa, proteção aos empregos em caso de fusão, combate ao assédio moral e às metas abusivas, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e membro do Comando Nacional dos Bancários. “O fim da greve está na mão dos banqueiros”, destacou.

Assembleia – Os bancários realizam nova assembleia nesta sexta-feira 2, às 17h, na quadra da categoria (Rua Tabatinguera, 192 – Sé) para decidir os rumos do movimento.

Balanço - Nesta quinta-feira 1º de outubro, oitavo dia de greve, 34,5 mil bancários foram abrangidos pela paralisação em 796 locais de trabalho. Além das agências, ficaram fechados os prédios administrativos da Nossa Caixa (Rua do Tesouro, XV de Novembro, Líbero e Álvares Penteado e Praça da República), Unibanco (Patriarca e Boa Vista) Banco do Brasil (Complexo São João, Verbo Divino, Compe e Gecex III), Caixa Econômica Federal (São Joaquim, Brás, Sé e Rirop) e nas terceirizadas Fidellity e Aymoré Financeira.

Reivindicações - A categoria reivindica 10% de reajuste salarial (sendo 5% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Os trabalhadores também querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão. Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas, práticas que provocam o adoecimento dos trabalhadores.

Dados da categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 465 mil bancários no país, sendo 134 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
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