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Bancários aprovam proposta e decretam fim da greve

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Os bancários de bancos públicos e privados de São Paulo, Osasco e região decidiram em assembleia realizada na noite desta quarta-feira 13, encerrar a greve - que completou 15 dias -, e aprovaram proposta apresentada pela federação dos bancos (Fenaban), após dois dias de negociação com o Comando Nacional dos Bancários. A proposta aprovada prevê reajuste de 16,33% no piso e 7,5% nos salários, além de PLR maior, avanço na segurança e cláusula inédita de combate ao assédio moral.

“Os banqueiros não queriam ceder, mas graças à forte greve, conseguimos conquistar na mesa de negociação o sétimo ano consecutivo de aumento real nos salários - o maior avanço frente à inflação da história da categoria -, que foi ainda maior no valor do piso, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e membro do Comando Nacional dos Bancários. “Além das questões econômicas, saímos dessa campanha com avanços em reivindicações prioritárias: segurança e saúde, principalmente no combate a um dos maiores vilões da categoria, o assédio moral”, destacou.

Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São 460 mil bancários no Brasil, sendo 130 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país.

Confira proposta da categoria

·  Reajuste salarial -
7,5% até R$ 5.250 (representa aumento real de 3,08%). Para bancários do Banco do Brasil e da Caixa Federal o reajuste de 7,5% será para todos os trabalhadores e sem teto.

·  Reajuste para salários acima de R$ 5.250 - R$ 393,75 fixos ou pelo menos 4,29%, o que for mais vantajoso.

·  Piso salarial – reajuste de16,33%, passando a valer R$ 1.250 (representa aumento real 11,54%)

·  Verbas salariais - Nas demais verbas salariais, como vales e auxílios, a elevação seria de 7,5%.

·  PLR – A regra básica seria paga como no ano passado: 90% do salário mais R$ 1.100,80 (valor já reajustado pelos 7,5%). Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, esses valores serão aumentados até chegar a 2,2 salários com teto de R$ 15.798.

· Adicional à PLR – Além da regra básica, os bancários receberam um valor adicional à PLR passaria de R$ 2.100 para R$ 2.400, o que significa aumento de 14,28%.

· Segurança – Será obrigatório o registro de boletim de ocorrência, atendimento médico e psicológico no pós-assalto, transferência de local de trabalho em caso de seqüestro, além da divulgação de estatística semestral do setor.

Assédio moral – Inclusão de cláusula aditiva à CCT, que define mecanismos de combate e prevenção ao assédio moral no ambiente de trabalho. A adesão de bancos e de sindicatos à cláusula será voluntária. As instituições que aderirem se comprometerão com uma declaração explícita de condenação a qualquer ato de assédio. Também deverão implementar um canal de denúncias, com prazo para apuração e retorno à entidade sindical. A denúncia poderá ser feita pelo bancário ou pelo sindicato. A apuração terá de ser feita em 60 dias, contados a partir da data da denúncia. O nome do denunciante será preservado.

Prevê, ainda, uma avaliação semestral do programa, com apresentação por parte da Fenaban de dados estatísticos setoriais com o objetivo de criar indicadores de qualidade.

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