Sem proposta da federação dos bancos (Fenaban), os bancários chegam nesta terça-feria 5 de outubro ao sétimo dia de greve. Uma nova assembleia para deliberar os rumos do movimento será realizada na própria terça, a partir das 16h, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatiguera, 192).
Balanço parcial indica que em São Paulo, Osasco e região 600 agências bancárias e 13 centros administrativos fecharam nesta manhã. Estima-se que 29 mil trabalhadores participaram das paralisações.
“A greve é uma reposta dos bancários à proposta dos banqueiros de oferecer apenas a reposição da inflação, apesar de os bancos terem lucros e rentabilidade elevados”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “O fim da greve está nas mãos dos banqueiros. A categoria não sai da greve sem aumento real de salários, piso e PLR maiores, além de melhores condições de saúde. Queremos negociação, mas até agora os bancos não marcaram nenhuma data”, ressaltou.
A greve por tempo indeterminado foi aprovada em assembleia realizada na noite de terça 28 de setembro, por mais de dois mil trabalhadores. A categoria rejeitou proposta da federação dos bancos (Fenaban) que previa apenas a reposição da inflação (4,29%).
Reivindicação - A categoria com data-base em 1º de setembro quer aumento de 11%, mais contratações, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), vale-refeição, vale-alimentação, auxílio-creche e pisos maiores, além de auxílio-educação para todos e melhores condições de saúde.
Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São 460 mil bancários no Brasil, sendo 130 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A categoria tem data-base em 1º de setembro.
Imagem Destaque