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“Sem negociação, a mobilização dos bancários continua forte. O fim da greve está nas mãos dos banqueiros. A categoria não sai desta campanha sem aumento real de salários, piso e PLR maiores, além de melhores condições de saúde”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
A greve por tempo indeterminado foi aprovada em assembleia realizada na noite de terça 28 de setembro, por mais de dois mil trabalhadores. A categoria rejeitou proposta da federação dos bancos (Fenaban) que previa apenas a reposição da inflação (4,29%). Desde o dia 22 setembro, os banqueiros não marcam negociação.
Assembleia - Uma nova assembleia para deliberar os rumos do movimento será realizada nesta terça 5, a partir das 16h, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatiguera, 192).
Reivindicação - A categoria com data-base em 1º de setembro quer aumento de 11%, mais contratações, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), vale-refeição, vale-alimentação, auxílio-creche e pisos maiores, além de auxílio-educação para todos e melhores condições de saúde.
Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São 460 mil bancários no Brasil, sendo 130 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Denúncia ao MPT - O Sindicato dos bancários de São Paulo, Osasco e Região já apresentou denúncia ao Ministério Público do Trabalho da 2ª Região contra a prática de contingenciamento que fere o direito à greve estabelecido na Constituição Federal. O documento pede que seja instaurado processo investigatório e que sejam tomadas as providências cabíveis.
O contingenciamento é um esquema montado pelos bancos para impedir que os trabalhadores tenham contato com o Sindicato e demais grevistas com o objetivo inibir a adesão ao movimento. A prática mais conhecida é a que obriga os bancários a entrar de madrugada para trabalhar. Há também relatos de pressão e ameaças, inclusive via telefone e torpedos. Diariamente chegam denúncias ao Sindicato, dando conta de que os trabalhadores são obrigados a participar do contingenciamento. Desde 15 de setembro, já chegaram mais de 250 relatos deste tipo.