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Ato no HSBC cobra PLR justa e fim das demissões

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Em Dia Nacional de Luta, bancários realizam manifestações em todo país para cobrar remuneração justa e fim da dispensa imotivada
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São Paulo – Um Dia Nacional de Luta foi realizado nesta quarta-feira 10 em protesto às manobras do HSBC para diminuir o valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e para exigir o fim das demissões e mais contratações. Em São Paulo, o centro administrativo do HSBC no edifício Tower, na Av. Brigadeiro Faria Lima, foi alvo das manifestações.

A diretora do Sindicato Liliane Fiuza explicou que os bancários estão indignados com os valores que serão depositados nesta quinta-feira 11, quando o banco faz a antecipação da PLR conquistada na Campanha Nacional 2012. “O protesto ocorreu para cobrar remuneração justa, com PLR condizente aos lucros reais do banco e garantia de emprego com o fim das demissões. Apesar de o Brasil ser uma das maiores fontes de lucro do HSBC, o banco inglês vai pagar uma das menores PLRs do sistema financei¬ro nacional”, denunciou.

Ela explica que isso se dá em função do alto provisionamento (PDD) feito pelo banco, que elevou em 63,4% a reserva para crédito de liquidação duvidosa, atingindo o total de R$ 1,8 bilhão. O valor equivale a três ve¬zes o lucro obtido no semestre passa¬do, que foi de R$ 602,5 milhões.

Além disso, a dirigente alertou sobre a incerteza de como ficará o Programa Próprio de Remuneração (PPR), pois a direção do banco ainda não divulgou os valores e pode ter bancários que saiam prejudicados. “Essa informação está causando revolta e descontentamento, pois as metas são tão abusivas e inatingíveis, que no final sabemos que os valores pagos são injustos e não valem tanto sofrimento.”

Os bancários também exigem o fim das demissões e mais contratações para aliviar a sobrecarga de trabalho a que estão submetidos nas agências. Somente no primeiro semestre do ano, o ban¬co fechou 1.820 postos de trabalhos em relação ao mesmo período do ano passado. “São demissões sem sentido, imotivadas, que prejudicam milhares de pais e mães de família”, disse a dirigente.

Ela destacou que o Sindicato e a Contraf-CUT soli¬citaram negociação com o ban-co, mas o HSBC se recusou a discutir com os representantes dos bancários. “Aguardamos uma negociação urgente, se não necessariamente os protestos terão de ser intensificados.”


Tatiana Melim – 10/10/2012

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