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“Tivemos reunião hoje com o Comando Nacional dos Bancários e decidimos fortalecer a greve até receber uma proposta com aumento real. Outros setores que lucram menos já fecharam acordo”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “O silêncio dos bancos mostra a falta de compromisso com a sociedade”.
Comércio - A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mandou carta à Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) nesta quinta-feira pedindo um acordo para o fim da greve dos bancários. Isso é mais uma demonstração que a sociedade está incomodada com a postura dos banqueiros.
Reivindicações – Entre os itens principais estão o índice de 11,93% (reposição da inflação mais aumento real de 5%), o piso salarial no valor de R$ 2.860,21 e a PLR (três salários base mais parcela adicional fixa de R$5.553,15). Os bancários também pedem a valorização dos vales refeição e alimentação (um salário mínimo, R$ 678,00) e melhores condições de trabalho, com o fim das metas individuais e abusivas.
Calendário de negociações – A pauta com as reivindicações da categoria foi entregue para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 30 de julho. Após essa data, durante um mês (quatro rodadas de negociação), foram discutidos com os bancos os temas saúde, condições de trabalho, segurança, emprego, igualdade de oportunidades e remuneração. No dia 5 de setembro, a Fenaban apresentou proposta de reajuste de 6,1%. Na mesa de negociação a proposta foi recusada e uma assembleia com a categoria no dia 12 também reprovou o reajuste e definiu a greve a partir do dia 19. O Comando Nacional dos Bancários também encaminhou às instituições financeiras o calendário até a deflagração da greve (por lei, a greve deve ser aprovada em assembleia dos trabalhadores e, após isso, comunicada ao empregador com antecedência de 72 horas).
Dados da Categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São mais de 500 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Cecilia Negrão
Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
(11) 3188-5212 ou (11) 99485-4868