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Ato no Peru dá apoio a espanhóis contra Rajoy

Linha fina
Frente à embaixada da Espanha em Lima, protesto defende direito de greve e condena criminalização do sindicalismo
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Lima (Peru) - Mais de uma centena de lideranças sindicais realizaram uma manifestação nesta segunda-feira 13 em frente à embaixada da Espanha, em Lima, pelo direito de greve e contra a criminalização do sindicalismo imposta pelo governo de Mariano Rajoy.

O ato convocado pela Confederação Sindical Internacional (CSI) e pela Confederação Sindical dos Trabalhadores das Américas (CSA) reuniu dirigentes que participam da 18ª reunião da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

“O direito de greve, de manifestação e protesto é um direito humano elementar. É o direito de dizer não e de exigir um salário decente, melhores condições de trabalho, negociação coletiva, e disso não vamos abrir mão”, afirmou o presidente da CSI, João Antonio Felicio. “É inaceitável que um governo que privatiza e retira direitos como o de Rajoy, representando o que há de pior na Europa neste momento, queira criminalizar o protesto”, frisou Felicio, ressaltando que atos como este serão reproduzidos em frente às embaixadas da Espanha em todo o mundo.

.Para o secretário-geral da CSA, Victor Báez, “mais do que nunca é hora do sindicalismo afirmar a solidariedade internacional, combativa e classista”. Victor condenou como “absurda” a perseguição a quem luta pelos direitos coletivos, enquanto o governo Rajoy facilita a vida dos banqueiros e especuladores.

O secretário de Relações Internacionais da CUT-Brasil, Antonio Lisboa enfatizou que “o ataque ao direito de greve na Espanha não é um fato isolado, mas parte de uma estratégia maior do capital internacional, que se articula até mesmo dentro da OIT, via representação dos empregadores, para anular conquistas inscritas nas normas internacionais”. “Portanto, ao atacar o direito de greve, o capital está tentando abrir caminho para acabar com todos os demais direitos. Por isso é tão importante a ação articulada e solidária do movimento sindical internacional”, asseverou.


Leonardo Severo, da CUT - 14/10/2014

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