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Fenaban propõe novo índice de 10% nos salários e 14% nos vales refeição e alimentação

Linha fina
Em São Paulo, os trabalhadores fazem assembleia na segunda-feira (26) para decidir se greve continua; Comando Nacional vai indicar aprovação
Imagem Destaque


Após negociação entre os bancos e o Comando Nacional dos Bancários, durante sexta-feira e sábado (23 e 24), a categoria recebeu proposta de reajuste de 10%, com ganho real de 0,11%. E os vales refeição e alimentação seriam reajustados em 14%. A greve dos bancários completa nesta segunda-feira 21 dias. Também foi conquistado abono de até 72% dos dias parados (leia mais abaixo).


Com esse índice, em 12 anos a categoria vai acumular 20,83% de ganho real nos salários e 42,3% nos pisos. O vale refeição será de R$ 29,64 por dia, com reajuste de 14% e 3,75% de ganho real.


“Foi uma vitória dos trabalhadores porque os bancos queriam um reajuste abaixo da inflação. Fizemos uma greve forte, com a mobilização e união dos bancários de todo o país”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.


“Os banqueiros tentaram impor uma derrota para a categoria, com índice sem aumento real. A greve reverteu essa tentativa. Depois a Fenaban queria, para punir os grevistas, o pagamento ou a compensação total das horas. Mais uma derrota para os bancos. Foi uma vitória da unidade e da determinação da nossa categoria. Sem a forte greve que fizemos não teria sido possível!”, comemorou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional.


Assembleia – Em São Paulo, a assembleia acontece nesta segunda-feira (26).


PLR – A regra básica da Participação nos Lucros e Resultados será de 90% do salário mais valor fixo de R$ 2.021,79. Assim, a parte fixa, que em 2014 foi de R$ 1.838, será reajustada em 10%. A regra determina ainda que devem ser distribuídos no mínimo 5% do lucro líquido. Se isso não acontecer, os valores de PLR devem ser aumentados até chegar a 2,2 salários.


Dias parados – O Comando nacional avançou nas negociações com os bancos e conquistou o abono de 53 horas para os dias parados para quem tem jornada de 6 horas (representa 63% de horas abonadas) e para quem tem uma jornada de 8 horas foram abonadas 81 horas (72%).


Negociação - A federação dos bancos (Fenaban) apresentou quatro  proposta para a categoria: no dia 25/09, após cinco rodadas de negociação, o reajuste apresentado foi de 5,5% (perda salarial de 4%), com abono de R$ 2.500. Mas não houve mais avanços nas cláusulas sociais. Dia 20/10 o reajuste apresentado foi de 7,5% (perda real de 2,17%), sem abono. Dia 21/10 houve proposta de reajuste de 8,75% (perda de 1,03%), também sem abono. E dia 23/10 uma proposta de reajuste de 10%, com reajuste de 14% nos vales refeição e alimentação.


Dados da categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São cerca de 512 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país. Nos últimos onze anos, a categoria conseguiu aumento real acumulado entre 2004 e 2014 de 20,07%: sendo 1,50% em 2009; 3,08% em 2010; 1,50% em 2011, 2% em 2012, 1,82% em 2013 e 2,02% em 2014.


O Sindicato representa trabalhadores de bancos públicos e privados que atuam nos seguintes municípios: São Paulo, Osasco, Carapicuíba, Barueri, Caucaia do Alto, Cotia, Embu, Embu Guaçu, Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Juquitiba, Pirapora do Bom Jesus, Santana do Parnaíba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra, Vargem Grande Paulista.


Principais reivindicações da Campanha Nacional Unificada 2015:
• Reajuste Salarial de 16%, sendo 5,6% de aumento real, com inflação de 9,88% (INPC)
• PLR – três salários mais R$ 7.246,82
• Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 3.299,66)
• Vales Alimentação, Refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá  – Salário Mínimo Nacional (R$ 788);
• 14º salário
• Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários
• Emprego – Fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e precarização das condições de trabalho
• Mais segurança nas agências bancárias


Proposta Federação Nacional dos Bancos (Fenaban): dia 23/10
Reajuste dos salários e benefícios em 10% e dos vales refeição e alimentação em 14%.


Como é hoje:
Piso escritório após 90 dias - R$1.796,45
Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.426,76
PLR – Regra básica: 90% do salário + 1837,99 (podendo chegar a 2,2 salários) e parcela adicional: 2,2% do lucro líquido dividido linearmente entre os trabalhadores
Auxílio-refeição - R$ 572,00
Auxílio cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 431,16
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 330,71
Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 282,91


Cecilia Negrão
Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
3188-5212 ou (11) 99485-4868
[email protected]


Secretaria de Imprensa da Contraf-CUT
Contatos: (11) 3107-2767/Gerson (11) 99779-1679

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