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Greve dos bancários tem uma das maiores adesões dos últimos dez anos

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Um balanço feito pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região mostra que 700 locais de trabalho, sendo 23 centros administrativos e 677 agências fecharam nesta sexta-feira (09), quarto dia de greve dos bancários, na base do Sindicato (São Paulo, Osasco e Região). Estima-se que mais de 52 mil trabalhadores participaram das paralisações.

Durante todo o período de greve, o autoatendimento continua funcionando normalmente.

“A semana termina com os bancários fazendo uma das greves mais fortes dos últimos anos, somente hoje a adesão foi de 52 mil bancários. A categoria está indignada com a proposta feita pelos bancos, mesmo com lucro liquido de 36 bilhões de reais no semestre. O silêncio dos banqueiros fez a greve crescer”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “A categoria bancária sofre diariamente para cumprir metas abusivas e aumentar o lucro do setor. E na hora de garantir que os trabalhadores sejam reconhecidos com ao menos parte do aumento de produtividade, os bancos propõe que os salários sejam arrochados em 4%”.

Assembleia – A próxima assembleia será realizada na terça-feira (13), na Quadra dos Bancários, a partir das 17h, quando a categoria irá decidir sobre os rumos do movimento.

Mobilização - A categoria entregou pauta com as reivindicações no dia 11 de agosto e, após cinco rodadas de negociação com a federação dos bancos (Fenaban), não houve acordo para o índice de reajuste e demais reivindicações. No dia 25/09 os bancos apresentaram proposta com reajuste de 5,5% e pagamento de um abono no valor R$ 2,5 mil. Categoria, após assembleias realizadas em todo o país no dia 01/10, rejeitou proposta e greve teve início no dia 06/10. 

Direito de greve - O direito de greve está previsto na Constituição Federal e prevê algumas exigências, como a publicação de aviso de greve em jornal de grande circulação. O Comando Nacional dos Bancários também encaminhou às instituições financeiras o calendário até a deflagração da greve (por lei, a greve deve ser aprovada em assembleia dos trabalhadores e, após isso, comunicada ao empregador com antecedência de 72 horas). Essas determinações da lei foram rigorosamente seguidas pelo Sindicato. Para o empregador, a Lei de Greve proíbe a dispensa de trabalhadores ou a contratação de funcionários substitutos durante o período de paralisação.

Dados da Categoria – O Sindicato representa os trabalhadores de São Paulo, Osasco, Carapicuíba, Barueri, Caucaia do Alto, Cotia, Embu, Embu Guaçu, Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Juquitiba, Pirapora do Bom Jesus, Santana do Parnaíba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista. Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São mais de 500 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país. Nos últimos onze anos, a categoria conseguiu aumento real acumulado entre 2004 e 2014 de 20,07%: sendo 1,50% em 2009; 3,08% em 2010; 1,50% em 2011, 2% em 2012, 1,82% em 2013 e 2,02% em 2014.

Lucro - O lucro líquido dos cinco maiores bancos atuantes no Brasil (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander), nos seis primeiros meses do ano, atingiu a marca de R$ 36,3 bilhões, com crescimento de 27,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Os principais itens do balanço desses bancos comprovam o sólido desempenho do setor. As receitas com prestação de serviços e tarifas bancarias cresceram 11,4% atingindo o valor de R$ 55 bilhões.



Cecilia Negrão
Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
(11) 3188-5212 ou (11) 99485-4868
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