Na terça-feira 9, dirigentes do Sindicato, em visita a uma unidade do Santander na zona norte de São Paulo, verificaram que a agência foi aberta sem nenhum caixa. Diante de tamanho desrespeito com bancários e clientes, paralisaram as atividades da unidade.
“A agência tinha um único caixa, que adoeceu. O banco então abriu a agência, promovendo o desvio de função de outros trabalhadores. Um evidente desrespeito com os bancários, que ficam sobrecarregados e incumbidos de funções que não são suas, e também com os clientes, que pagam altas tarifas e merecem ser bem atendidos”, critica o dirigente do Sindicato e bancário do Santander, Anderson Pirota.
“O Santander – um banco que no primeiro semestre lucrou quase R$ 6 bilhões, crescimento de 27,5% em relação ao mesmo período de 2017, ano em que teve seu maior lucro no Brasil - tem a obrigação de respeitar bancários e clientes. Deve ter coerência com sua belíssima publicidade, interna e externa, na qual se apresenta como uma das melhores empresas para se trabalhar, mas que na prática ocorre o contrário. Falta de funcionários, sobrecarga de trabalho e pressão para cumprimento de metas”, acrescenta.
O dirigente lembra que a sobrecarga de trabalho é um fator de adoecimento dos bancários, uma das categorias que mais sofre com enfermidades decorrentes do trabalho, em especial transtornos psíquicos, e também gera uma profunda insatisfação nos clientes, o que acaba por elevar o número de reclamações ao Banco Central. “Reclamações que depois a direção executiva do banco joga nas costas dos funcionários.”
“O Sindicato vai ficar atento ao caso dessa agência e só permitirá a abertura se oferecidas as adequadas condições de trabalho e segurança aos bancários e clientes. É isso que a direção executiva do Santander pode fazer por nós hoje”, conclui Pirota.