Os bancários do Bradesco, que trabalham na zona norte de São Paulo, também protestaram contra o fechamento de agências e demissões que vem ocorrendo no país. O ato desta segunda-feira 5, teve como foco principal duas agências: da Vila Maria e da Voluntários da Pátria, mas atingiu também várias agências localizadas nas redondezas.
Esse é o segundo protesto como forma de reação a atitude do Bradesco. Na sexta 2, os bancários protestaram na zona leste da capital.
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Uma pequena encenação teatral mostrou o real sentimento dos trabalhadores: medo da pandemia, luto pela morte de colegas e familiares por Covid-19 e ameaças de demissão. Denuncias dão conta de que o banco já iniciou o processo de demissão e muitos desses trabalhadores estavam prestes a se aposentar ou com problemas de Saúde. Sindicato está tentando reverter essas demissões.
"Viemos prestar nossa solidariedade para esses trabalhadores que colocam suas vidas em risco para desempenhar um bom atendimento aos clientes do banco. Também viemos conversar com eles e dizer sobre as ações desenvolvidas pelo Sindicato para tentar barrar as demissões durante a pandemia", conta Marcos do Amaral, Marquinhos, diretor do Sindicato.
Ele destaca que o clima na agência já é tensa. "Hoje presenciamos clientes nervosos e na filas extensas. Explicamos que as filas extensas fora da agência é culpa do banco e não do trabalhador. Se o banco contratasse mais, o serviço seria agilizado. Mas ao invés de contratar para gerar emprego e atender melhor a população, o banco está demitindo e descumprindo o acordo feito com o Sindicato", relata.
Protesto chegou às redes sociais
Ao mesmo tempo em que ocorria o protesto local, vários bancários e sociedade civil usaram as redes sociais para protestar e rebater as informações divulgadas pelo Bradesco.
Usando a hashtag #Bradesconaodemita, o assunto chegou a ficar em 4º lugar nos assuntos mais comentados de São Paulo.
"Esse resultado só mostra o descontentando dos bancários e clientes que não entendem as demissões que estão sendo promovidas pelo banco durante a crise. O setor bancário é um dos mais lucrativos e mesmo numa crise que assola o país, o Bradesco teve um lucro de R$ 7,626 bilhões no primeiro semestre. Não há razão para demitir", finaliza.