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São Paulo – Se as empresas estão globalizadas e organizadas mundialmente, a mobilização dos trabalhadores também tem de ser mundial. É com esse princípio que o Sindicato participa dos debates da 18ª reunião do Comitê Executivo Mundial da UNI Global Union, nos dias 11 e 12 de novembro, na sede da UNI, na cidade de Nyon, na Suíça.
A diretora executiva do Sindicato e presidenta da UNI Finanças, Rita Berlofa, faz parte da comitiva brasileira que reúne, ainda, a diretora executiva Neiva Ribeiro, o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, o secretário de Relações Internacionais, Mario Raia.
A UNI Global Union é o sindicato global do setor de serviços que representa entidades de diversas categorias profissionais em 140 países. A agenda política de 2015 faz uma reflexão sobre as prioridades das instituições globais do planeta, com os objetivos de desenvolvimento sustentável.
No primeiro dia de trabalho, após a abertura conduzida pela presidenta da UNI Global Union, Ann Selin, foi feita uma avaliação do Congresso Mundial passado realizado em dezembro de 2014, na África do Sul, e as perspectivas para o próximo, que será realizado em Liverpool, na Inglaterra, em junho de 2018.
A força da sindicalização – O debate sobre as ações para o triênio 2015/2018 lembrou as resoluções firmadas durante o Congresso na África do Sul, focadas em três áreas. A primeira e principal, Rompendo Barreiras, aborda o plano estratégico adotado em Nagasaki, em 2010, com a criação de um Fundo de Organização que tem por objetivo aumentar a quantidade de sindicatos filiados, a criação de alianças sindicais e a negociação de acordos marco, com o ABN Amro, por exemplo. Foi destacada, ainda, a campanha da UNI Mulheres contra a violência doméstica.
A nova presidenta da UNI Finanças, Rita Berlofa, abordou a importância da atuação global junto ao setor, na defesa dos direitos dos trabalhadores e de toda a sociedade. “Cobramos uma regulação que seja eficiente o suficiente para evitar crises futuras e que dê robustez ao setor para solucionar possíveis problemas que venham a ser criados por gestores. Também discutimos a promoção da diversidade no setor financeiro com cooperativas, bancos regionais, bancos de autogestão com participação social, bancos de crédito e caixas econômicas.”
E fez um resumo das principais ações desempenhadas pela UNI Finanças desde o congresso de Nagasaki, no sentido de ampliar a representação dos bancários em todo o mundo. “Nas Américas, principalmente em El Salvador, temos discutido a sindicalização no Bancolombia e no Banco Agrícola. Criamos uma nova federação no Peru. E estamos fazendo esse trabalho para conseguir um sindicato junto aos trabalhadores americanos, em cooperação com a CWA (Communications Workers of Americas), com o SEIU de Minneapolis, La Bancaria da Argentina, Sindicato dos Bancários de São Paulo e a Contraf/CUT Brasil.”
O trabalho de sindicalização no norte da África e no Meio-Oriente também foi ressaltado. “Conseguimos criar uma aliança sindical no BNP Paribas, no Société Générale e em dezembro agora, em Paris, criaremos a aliança mundial do Crédit Agricole. Nos demais países africanos temos feito um trabalho muito forte no Barclays, notadamente em Gana, Zimbabwe, Tanzania, Botswana e Uganda. Na África do Sul, no Barclays, já criamos a aliança global e estamos iniciando o trabalho em outros bancos, com apoio dos colegas africanos”, explicou Rita.
A ação chega, ainda, aos bancos do Nepal. “Os colegas nepaleses já conseguiram a organização de 11 multinacionais, fortaleceram uma federação e temos contado com a ajuda deles para organizar os bancários de Bangladesh”, relatou a dirigente.
Outras áreas – O Programa Político Mundial da UNI Global Union foi outra área debatida no primeiro dia da reunião em Nyon. O ano de 2015 é visto como ponto de inflexão, com ações prioritárias para o planeta e as instituições globais diante dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável adotados em setembro de 2015 e a Conferência sobre o Clima que será em dezembro.
A ação política mundial do sindicato global deverá ser centrada na luta contra a desigualdade, nas cadeias de fornecimento mundiais, no comércio, nas empresas e nos direitos humanos diante no novo pensamento econômico para encarar a austeridade, em busca da paz.
A terceira área sobre a qual os representantes de trabalhadores de todo o mundo debaterão é o Futuro do Trabalho. Aqui, a ênfase estará na resposta sindical à revolução digital tanto em escala global como local.
HSBC – O presidente da Contraf/CUT, Roberto von der Osten, fez uma intervenção para sugeri à UNI que interpele o governo britânico sobre o HSBC. “No Brasil, denunciamos que 21 mil famílias estão inseguras e que o HSBC recebeu um banco saneado, agiu e lucrou por 18 anos. Por decisão burocrática, em sua estratégia global, resolveram abandonar o país”, criticou o dirigente, reforçando para representantes de trabalhadores de todo o mundo que os bancários não podem ser prejudicados pela decisão da instituição financeira.
Redação – 11/11/2015
A diretora executiva do Sindicato e presidenta da UNI Finanças, Rita Berlofa, faz parte da comitiva brasileira que reúne, ainda, a diretora executiva Neiva Ribeiro, o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, o secretário de Relações Internacionais, Mario Raia.
A UNI Global Union é o sindicato global do setor de serviços que representa entidades de diversas categorias profissionais em 140 países. A agenda política de 2015 faz uma reflexão sobre as prioridades das instituições globais do planeta, com os objetivos de desenvolvimento sustentável.
No primeiro dia de trabalho, após a abertura conduzida pela presidenta da UNI Global Union, Ann Selin, foi feita uma avaliação do Congresso Mundial passado realizado em dezembro de 2014, na África do Sul, e as perspectivas para o próximo, que será realizado em Liverpool, na Inglaterra, em junho de 2018.
A força da sindicalização – O debate sobre as ações para o triênio 2015/2018 lembrou as resoluções firmadas durante o Congresso na África do Sul, focadas em três áreas. A primeira e principal, Rompendo Barreiras, aborda o plano estratégico adotado em Nagasaki, em 2010, com a criação de um Fundo de Organização que tem por objetivo aumentar a quantidade de sindicatos filiados, a criação de alianças sindicais e a negociação de acordos marco, com o ABN Amro, por exemplo. Foi destacada, ainda, a campanha da UNI Mulheres contra a violência doméstica.
A nova presidenta da UNI Finanças, Rita Berlofa, abordou a importância da atuação global junto ao setor, na defesa dos direitos dos trabalhadores e de toda a sociedade. “Cobramos uma regulação que seja eficiente o suficiente para evitar crises futuras e que dê robustez ao setor para solucionar possíveis problemas que venham a ser criados por gestores. Também discutimos a promoção da diversidade no setor financeiro com cooperativas, bancos regionais, bancos de autogestão com participação social, bancos de crédito e caixas econômicas.”
E fez um resumo das principais ações desempenhadas pela UNI Finanças desde o congresso de Nagasaki, no sentido de ampliar a representação dos bancários em todo o mundo. “Nas Américas, principalmente em El Salvador, temos discutido a sindicalização no Bancolombia e no Banco Agrícola. Criamos uma nova federação no Peru. E estamos fazendo esse trabalho para conseguir um sindicato junto aos trabalhadores americanos, em cooperação com a CWA (Communications Workers of Americas), com o SEIU de Minneapolis, La Bancaria da Argentina, Sindicato dos Bancários de São Paulo e a Contraf/CUT Brasil.”
O trabalho de sindicalização no norte da África e no Meio-Oriente também foi ressaltado. “Conseguimos criar uma aliança sindical no BNP Paribas, no Société Générale e em dezembro agora, em Paris, criaremos a aliança mundial do Crédit Agricole. Nos demais países africanos temos feito um trabalho muito forte no Barclays, notadamente em Gana, Zimbabwe, Tanzania, Botswana e Uganda. Na África do Sul, no Barclays, já criamos a aliança global e estamos iniciando o trabalho em outros bancos, com apoio dos colegas africanos”, explicou Rita.
A ação chega, ainda, aos bancos do Nepal. “Os colegas nepaleses já conseguiram a organização de 11 multinacionais, fortaleceram uma federação e temos contado com a ajuda deles para organizar os bancários de Bangladesh”, relatou a dirigente.
Outras áreas – O Programa Político Mundial da UNI Global Union foi outra área debatida no primeiro dia da reunião em Nyon. O ano de 2015 é visto como ponto de inflexão, com ações prioritárias para o planeta e as instituições globais diante dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável adotados em setembro de 2015 e a Conferência sobre o Clima que será em dezembro.
A ação política mundial do sindicato global deverá ser centrada na luta contra a desigualdade, nas cadeias de fornecimento mundiais, no comércio, nas empresas e nos direitos humanos diante no novo pensamento econômico para encarar a austeridade, em busca da paz.
A terceira área sobre a qual os representantes de trabalhadores de todo o mundo debaterão é o Futuro do Trabalho. Aqui, a ênfase estará na resposta sindical à revolução digital tanto em escala global como local.
HSBC – O presidente da Contraf/CUT, Roberto von der Osten, fez uma intervenção para sugeri à UNI que interpele o governo britânico sobre o HSBC. “No Brasil, denunciamos que 21 mil famílias estão inseguras e que o HSBC recebeu um banco saneado, agiu e lucrou por 18 anos. Por decisão burocrática, em sua estratégia global, resolveram abandonar o país”, criticou o dirigente, reforçando para representantes de trabalhadores de todo o mundo que os bancários não podem ser prejudicados pela decisão da instituição financeira.
Redação – 11/11/2015