Imagem Destaque
Felipe Rousselet, Redação Spbancarios
3/11/2016
São Paulo – Você tem metas absurdas de vendas para bater e assim manter um bom desempenho e aumentar suas chances de permanecer no emprego. Entretanto, quando o cliente cancela um produto vendido por você, antes de quatro meses do início do contrato, você é advertido pelo banco, aumentando o risco de ser demitido. Essa é a dura rotina do bancário do Itaú, sempre na corda bamba entre metas e cancelamentos.
“O Itaú cobra metas absurdas para aumentar ao máximo seus lucros. E, quando o cliente fica insatisfeito com um produto adquirido, que o bancário foi obrigado a empurrar para manter seu emprego, o culpado é o funcionário. Isso é um absurdo! Parece que a direção do banco quer que o trabalhador hipnotize o cliente para que não perceba a ausência de necessidade do serviço. Inclusive, muitos clientes adquirem produtos até mesmo para ajudar o bancário a bater a meta. Entretanto, até quando uma pessoa insatisfeita, que paga taxas altíssimas, vai manter o vínculo com algo desnecessário?”, questiona a dirigente sindical e funcionária do Itaú Valeska Pincovai.
De acordo com a dirigente, enquanto massacra os bancários para que empurrem produtos, o Itaú tenta vender a imagem de uma empresa responsável, que coloca a necessidade do cliente em primeiro lugar.
“No Portal Pessoas, o diretor de Varejo, Marco Bonomi, diz que a venda só é boa para o Itaú se for boa para o cliente. Entretanto, o bancário, que conhece a pressão absurda por vendas com que convive diariamente, sabe muito bem que não é assim que a banda toca no banco. Acredito que ele não compraria todos os serviços que o bancário tem de vender para preservar seu emprego”, destaca Valeska.
Agir – A política de advertências por cancelamento de produtos faz parte do Agir, programa de avaliação de desempenho que já foi alvo de diversas denúncias. “O Sindicato já cobrou do banco negociação sobre o Agir diversas vezes. Também já questionamos a área de relações sindicais sobre a punição de bancários mediante cancelamentos, chamada pelo Itaú de ‘venda mal feita’”, esclarece a dirigente sindical.
“O resultado dessa pressão excessiva, que chega de todos os lados, é o aumento dos níveis de adoecimento e muitas demissões arbitrárias. Continuaremos cobrando do banco que respeite funcionários e clientes. Hoje, na prática, o discurso é muito diferente da realidade. Protestos e paralisações não estão descartados”, conclui Valeska.
3/11/2016
São Paulo – Você tem metas absurdas de vendas para bater e assim manter um bom desempenho e aumentar suas chances de permanecer no emprego. Entretanto, quando o cliente cancela um produto vendido por você, antes de quatro meses do início do contrato, você é advertido pelo banco, aumentando o risco de ser demitido. Essa é a dura rotina do bancário do Itaú, sempre na corda bamba entre metas e cancelamentos.
“O Itaú cobra metas absurdas para aumentar ao máximo seus lucros. E, quando o cliente fica insatisfeito com um produto adquirido, que o bancário foi obrigado a empurrar para manter seu emprego, o culpado é o funcionário. Isso é um absurdo! Parece que a direção do banco quer que o trabalhador hipnotize o cliente para que não perceba a ausência de necessidade do serviço. Inclusive, muitos clientes adquirem produtos até mesmo para ajudar o bancário a bater a meta. Entretanto, até quando uma pessoa insatisfeita, que paga taxas altíssimas, vai manter o vínculo com algo desnecessário?”, questiona a dirigente sindical e funcionária do Itaú Valeska Pincovai.
De acordo com a dirigente, enquanto massacra os bancários para que empurrem produtos, o Itaú tenta vender a imagem de uma empresa responsável, que coloca a necessidade do cliente em primeiro lugar.
“No Portal Pessoas, o diretor de Varejo, Marco Bonomi, diz que a venda só é boa para o Itaú se for boa para o cliente. Entretanto, o bancário, que conhece a pressão absurda por vendas com que convive diariamente, sabe muito bem que não é assim que a banda toca no banco. Acredito que ele não compraria todos os serviços que o bancário tem de vender para preservar seu emprego”, destaca Valeska.
Agir – A política de advertências por cancelamento de produtos faz parte do Agir, programa de avaliação de desempenho que já foi alvo de diversas denúncias. “O Sindicato já cobrou do banco negociação sobre o Agir diversas vezes. Também já questionamos a área de relações sindicais sobre a punição de bancários mediante cancelamentos, chamada pelo Itaú de ‘venda mal feita’”, esclarece a dirigente sindical.
“O resultado dessa pressão excessiva, que chega de todos os lados, é o aumento dos níveis de adoecimento e muitas demissões arbitrárias. Continuaremos cobrando do banco que respeite funcionários e clientes. Hoje, na prática, o discurso é muito diferente da realidade. Protestos e paralisações não estão descartados”, conclui Valeska.