São Paulo – Os funcionários do Banco do Brasil receberam o adiantamento da metade do 13º em abril. Agora, na folha de pagamento de novembro, foi feito o estorno de parte do valor do adiantamento, especialmente dos funcionários que foram descomissionados. O cálculo do valor total do 13º foi feito com base no salário atual, sem o valor da comissão, ou com a comissão reduzida.
“É um desrespeito do BB para com os seus funcionários. Além de terem salários reduzidos sem justo motivo, tiveram reduzidas suas expectativas de renda em um período que normalmente possuem gastos maiores. A razão para o aperto que a direção do BB colocou seus trabalhadores é essa reestruturação absurda, que cortou salários indiscriminadamente”, critica o diretor do Sindicato e bancário do Banco do Brasil, Ernesto Izumi.
Ernesto lembra ainda que existe decisão judicial, em ação impetrada pela Contraf-CUT, que garantiu aos trabalhadores atingidos pela reestruturação imposta pela direção do BB, sob ordens do governo Temer, o direito de manter a comissão recebida por dez anos ou mais, inclusive incorporando-as aos salários com impactos previdenciários e em outros direitos como férias e 13º.
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“A Justiça reconheceu que a restruturação não é um justo motivo para a redução salarial de quem possui mais de 10 anos comissionado. O BB deve cumprir a decisão”, diz o dirigente.
“Não aceitamos golpes e manobras. O BB tem o dever de pagar os salários atrasados e o 13º corretamente, incorporando a comissão ao salário. O banco tem prazo de 60 dias para cumprir a decisão judicial. O Sindicato acompanha a situação de perto e, caso não ocorram os acertos, tomaremos todas as medidas judiciais cabíveis”, conclui Ernesto.