"Pinte o mundo de laranja: geração igualdade contra o estupro!". Esse é o lema da campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres que ocorre de 25 de novembro a 10 de dezembro no mundo.
No Brasil, a mobilização já começou no dia 20, Dia da Consciência Negra, pelo fato de as mulheres negras serem as principais vítimas da violência e é uma das pautas do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.
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Segundo o Atlas da Violência, o Brasil registrou em 2017 o assassinato de 4,9 mil mulheres. Esse é o maior número registrado desde 2007 e mostra que cerca de 13 mulheres foram assassinadas por dia ao longo do ano em todo o país. O número representa um aumento de 30,7% nos últimos 10 anos e de 6,3% em relação a 2016. O estudo mostra ainda que 28,5% das vítimas foram mortas em casa e 52% por armas de fogo.
A pesquisa mostrou ainda que 28,5% dos crimes ocorrem dentro da residência e, desses, 39,3% muito provavelmente são casos de feminicídio íntimo ou estupro.
“O Sindicato está sempre discutindo pautas relacionadas à violência de gênero e de como criar novas práticas para banir o feminicídio, a violência doméstica, a cultura do estupro e todo tipo de violência física, psicológica, patrimonial ou simbólica. Precisamos discutir a questão com os homens ao nosso redor, nossos colegas de trabalho, filhos , namorados, maridos, amigos. Debater esses números com eles e aumentar a consciência de toda a sociedade para erradicar a violência contra as mulheres do mundo em que vivemos”, diz a secretária-geral do Sindicato e vice-presidenta da Uni América Mulheres, Neiva Ribeiro, que convida os bancários a acompanharem uma série de reportagens, vídeos e ações durante esses 16 dias de ativismo.
Ativismo em São Paulo
O combate à violência contra as mulheres também será levado às ruas de São Paulo. Para marcar oficialmente a abertura dos 16 dias de ativismo, haverá um ato no dia 25, na Avenida Paulista, às 16h, no Vão Livre do Masp, reunindo movimentos sindicais e sociais que lutam pelo fim da violência contra a mulher.
“Convidamos todos a participarem. Essa pauta interessa a todo mundo e todos têm de estar juntos nessa”, convoca Neiva Ribeiro.