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Chapéu
Reunião com a COE

Bradesco garante que fechamento de agências não refletirá em demissões

Linha fina
Número de 450 agências havia sido noticiado pelo presidente do banco, Octavio de Lazari, no fim de outubro; reunião do Bradesco com a COE discutiu esta e também outras pautas dos trabalhadores, entre elas o mutirão de orientação financeira e renegociação de dívidas
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Foto: Mauricio Morais

Embora o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, tenha dito em entrevista no fim de outubro que o banco pretendia fechar 450 agências até 2020, o banco afirmou, em reunião nesta segunda-feira 25 com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, que trata-se de um estudo. Para o banco, este último leva em consideração o cenário econômico, o acompanhamento do movimento de clientela e as inovações tecnológicas.

A COE, então, reivindicou que não haja, no fechamento das agências, desligamento dos funcionários, e que o Bradesco requalifique os trabalhadores e respeite a cláusula específica (54ª) da CCT da Categoria.  O banco afirmou primar pela requalificação das pessoas e disse que os funcionários afetados serão reaproveitados. E ainda garantiu que o Sindicato e entidades representativas serão avisados antes de qualquer ação.

Orientação financeira e renegociação de dívidas

Outro assunto abordado na reunião foi o mutirão de orientação financeira e renegociação de dívidas a ser realizado de 2 a 6 de dezembro, com atendimento estendido até as 20h. A ação, setorial, é organizada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos). 

De acordo com a dirigente Erica de Oliveira, secretária de Formação do Sindicato e bancária do Bradesco, a chamada é voluntária e o banco garantiu o pagamento de horas extras. “Havia uma tela de um estudo técnico preliminar circulando no WhatsApp que falava de trabalho aos sábados. O banco garantiu que não era um comunicado oficial”, enfatiza a dirigente.

Especialista de investimentos

No encontro entre a COE e o Bradesco, o cargo de especialista de investimentos também esteve em pauta. Segundo o banco, não se trata de um cargo novo; ele já existe na estrutura do departamento de investimentos e nas gerencias regionais. E que uma análise mercadológica apontou a necessidade de reestruturação e readequação desse segmento.

A COE levou ao encontro também algumas queixas de funcionários, como a contratação de profissionais do mercado, no lugar de valorizar funcionários da casa. O Bradesco garantiu que são contratações pontuais e que prevalecerá o processo de valorização dos seus funcionários.

Também foi tratada na reunião a questão salarial. Uma das queixas dos bancários é que os profissionais do mercado chegam com um salário maior. O Bradesco diz que não, e que o aumento para os funcionários segue o desenho de carreira do bancário recém-promovido.

Há também reclamações ao Sindicato de profissionais com todas as certificações que se inscreveram para o cargo novo e ainda não foram recrutados. O Bradesco garantiu que chamará os funcionários de acordo com o perfil e com a demanda.

Erica de Oliveira diz que os trabalhadores que tiverem quaisquer questionamentos relativos a estes e outros assuntos devem procurar o Sindicato.

“Qualquer coisa diferente da tratada na reunião desta segunda-feira os bancários do Bradesco precisam nos trazer, para que possamos também cobrar do banco e acompanhar os respectivos desdobramentos”, acrescenta a dirigente.

 Os bancários podem contatar o Sindicato por meio da Central de Atendimento ou pelo WhatsApp (11) 97593-7749.

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