O Itaú teve lucro recorde de R$ 8 bilhões no terceiro trimestre do ano, uma alta de 5,2% em relação ao trimestre anterior. No acumulado dos nove meses, o lucro líquido recorrente gerencial - que exclui efeitos extraordinários – foi de R$ 23,118 bilhões, alta de 17,2% em relação ao mesmo período de 2021.
A rentabilidade também foi alta: o retorno recorrente consolidado sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado do banco (ROE) foi de 21,3% no período, com alta de 1,7 p.p. em doze meses.
De acordo com o relatório do banco, esse resultado se deve ao crescimento da carteira de crédito e a mudança do “mix” da carteira no segmento do varejo, que levaram ao crescimento de 29,4% na margem financeira com clientes. O banco também considera que o aumento da taxa de juros Selic trouxe impacto positivo na remuneração do capital de giro próprio e para a margem de passivos.
Rumo ao digital
Em doze meses, a holding abriu 2.084 postos de trabalho, fechando o 3º trimestre com 88.279 empregados no país. Mas segundo o banco, esse saldo se deve à ampliação no número de assessores de investimentos e a contratações para a área de TI, visando acelerar o processo de transformação digital.
Outro ponto do balanço que aponta para essa transformação é o fechamento de 247 agências físicas e a abertura de 189 agências digitais no país em 12 meses.
“Houve contratações, mas elas foram na grande maioria para as áreas de TI. O banco tem de contratar mais bancários, para agências físicas e departamentos, gerando assim mais emprego e investindo no melhor atendimento à população”, avalia Mara Soares, secretária de Comunicação do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e bancária do Itaú.
Marta destaca ainda que o Itaú deve seus excelentes resultados ao trabalho de milhares de bancários e deveria valorizá-los. “O banco precisa melhorar as condições de trabalho e valorizar seus empregados”, reforça.