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Chapéu
Agência no Brooklin

Sindicato protesta contra o assédio e em defesa dos empregos no Bradesco

Imagem Destaque
Imagem mostra área de autoatendimento de agência do Bradesco durante protesto do Sindicato contra demissões e assédio moral. Na imagem, diversos clientes e os dirigentes portando uma faixa onde se lê "pelo fim do assédio moral"

O Sindicato dos Bancários de São Paulo protestou contra o assédio moral e em defesa dos empregos no Bradesco. A atividade foi realizada em uma agência situada no Brooklin, na zona sul de São Paulo, na manhã desta quarta-feira 6 .

Durante a manifestação, dirigentes do Sindicato reuniram-se com os bancários da unidade. Em pauta, o combate ao assédio moral e às metas abusivas, a defesa do emprego e as conquistas da Campanha Nacional 2024. Participaram da atividade a dirigente Malu Silva e os dirigentes Cássio Murakami e José Roberto Santana.

Fechamento de agências, demissões e sobrecarga

A holding Bradesco encerrou o terceiro trimestre de 2024 com 84.018 funcionários (sendo 72.709 do banco Bradesco), com fechamento de 2.084 postos de trabalho em doze meses (e queda também de 693 no trimestre).

A base de clientes cresceu em 0,7 milhão em comparação a setembro de 2023, totalizando 108,7 milhões.

Em relação à estrutura física, foram fechadas 399 agências, 734 postos de atendimento , e transformou 3 agências em unidades de negócios em 12 meses (155 agências, e 219 postos de atendimento e 41 unidades de negócios foram fechadas em relação ao trimestre imediatamente anterior). Os dados são do balanço do banco divulgados em outubro de 2024.

Os dirigentes Cássio Murakami, José Roberto Santana e Malu Silva durante o protesto
Os dirigentes Cássio Murakami, José Roberto Santana e Malu Silva durante o protesto

“Fechamento de agências e eliminação de empregos enquanto o Bradesco aumenta sua base de clientes e seu lucro estão intimamente ligados aos casos de assédio moral para o cumprimento de metas abusivas e à sobrecarga de trabalho. Um cenário que gera muitos adoecimentos”, afirma Malu Silva, dirigente sindical e bancária do Bradesco.   

Epidemia no setor bancário

Apesar de representar 0,8% do emprego formal no Brasil, em 2022, a categoria bancária respondeu por 3,7% dos 105,2 mil afastamentos acidentários e 1,5% dos 928,5 mil afastamentos previdenciários naquele ano.

Segundo o INSS, em 2022, os bancários chegaram a 25% dos afastamentos acidentários relacionados à Saúde Mental e Comportamental.

“Realizamos este protesto não só para denunciar o assédio moral na unidade, mas para chamar a atenção do Bradesco para a violência organizacional focada no lucro e para a defesa dos empregos, o que resulta em uma epidemia de doenças mentais nos bancos. E seguiremos protestando sempre que houver denúncias. Os bancários precisam denunciar, por meio do Canal de Denúncias da entidade [veja canal abaixo], que garante o sigilo absoluto do denunciante, bem como a apuração do caso e seu desfecho” , finaliza Malu.

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