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"Estamos vivendo processos de vendas de carteiras de crédito, fusões entre bancos públicos e entre instituições privadas. Neste cenário, medidas de proteção ao emprego são necessárias. Emprego e renda são fundamentais para manter uma economia saudável. Queremos contrapartidas das empresas que se utilizam de medidas do governo para conter a crise", disse o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Novo encontro – Ainda nesta terça-feira, os bancários voltam ao Senado, onde se reúnem com Valter Pereira, relator da MP 443 na Casa. A proteção ao emprego, assim como a aprovação da convenção 158 da OIT, que inibe dispensas imotivadas, também faz parte das reivindicações que serão defendidas, nesta quarta-feira, na 5ª Marcha dos Trabalhadores a Brasília.
Demissões - A mudança no recolhimento do compulsório para os bancos é um exemplo do que pode acontecer se não forem exigidas contrapartidas. Os bancos utilizaram os recursos provenientes da medida para adquirir as carteiras dos bancos médios, mas apesar disso os empregos não foram garantidos.
As demissões nesses bancos, que atuam principalmente na área de Crédito Direto ao Consumidor (CDC), subiram 133% nos últimos três meses na comparação com o mesmo período do passado. Entre setembro e novembro foram homologadas 774 demissões no Sindicato. Nos mesmos meses do ano passado foram registradas 332 dispensas. E o número de demissões pode ser ainda maior, já que só são feitos no Sindicato homologações de trabalhadores com mais de um ano de casa.
Estima-se que um universo de 50 bancos médios empregue cerca de 20 mil bancários, dentre os 120 mil que atuam em São Paulo, Osasco e região.
As demissões nos bancos médios já se estenderam para o setor de crédito consignado ou compra de automóveis em bancos maiores. Na semana passada foram registradas a dispensa de 100 trabalhadores no Safra, 20 no Real e outras 60 no HSBC.