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Caixa: “Uma bela história não pode acabar assim”

Linha fina
Sindicato entrega carta e camiseta ao presidente Jorge Hereda para denunciar condições de trabalho dos empregados e cobrar mais respeito da instituição
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São Paulo – “Os empregados da Caixa orgulham-se de serem protagonistas deste novo cenário que transforma o Brasil, a partir dos programas sociais promovidos pelo governo federal. Porém, senhor presidente da Caixa, é preciso olhar com respeito e proporcionar condições dignas de trabalho àqueles que são os braços e mentes geradoras de tantos projetos e idealizadores de tantos sonhos da nossa população.” O trecho da carta dirigida ao presidente da Caixa, Jorge Hereda, sintetiza a reivindicação dos empregados do banco por melhores condições de trabalho.

> Leia a íntegra da carta entregue

Na ocasião, além da carta ao presidente, os manifestantes usaram camisetas e esticaram faixas com os dizeres: “Uma bela história não pode acabar assim”.

A carta, lida durante manifestação organizada pelo Sindicato e Apcef, no dia 18 de dezembro, no término da Sipat (semana interna de prevenção de acidentes), tem como objetivo alertar o presidente da instituição sobre os problemas enfrentados pelos funcionários, principalmente após o estabelecimento de metas para abertura de novas agências em todo o país. É o que explica o diretor executivo do Sindicato Kardec de Jesus.

“Reconhecemos o esforço do governo em ampliar o número de agências e valorizar o banco público de mais de 150 anos, que na década de 90 foi sucateado, com fechamento de unidades e tentativa de privatização. Entretanto, essa política deve vir acompanhada pelo respeito às condições de trabalho dos empregados, que estão adoecendo devido à sobrecarga e ao assédio moral por partes de alguns gestores”, diz o dirigente.

Kardec contestou a abertura de agências com apenas cinco empregados para responder a toda demanda. Além disso, há muitos problemas com relação à infraestrutura. “Com as metas impostas a cada superintendência de inaugurar novas agências, houve casos de unidade que inaugurou com gerador, pois a Eletropaulo ainda não tinha instalado a energia elétrica no local”, relatou, ao acrescentar situações de agências com pisos soltos, infiltrações, rachaduras, ar-condicionado quebrado, além de sistemas lentos e desatualizados.

O dirigente defende que, antes da abertura de novas agências, é preciso criar condições para que elas possam funcionar com segurança e tratamento digno aos empregados e clientes. Além disso, segundo Kardec, é imprescindível que as unidades já existentes recebam a manutenção necessária e tenham mais trabalhadores.



Tatiana Melim – 19/12/2012

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