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PPR e demissões motivam protesto no Tower HSBC

Linha fina
Trabalhadores terão “Natal magro” com verbas incertas do programa próprio e estão sobrecarregados em agências e diversas áreas
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São Paulo – Não faltam problemas para os funcionários do HSBC protestarem neste final de ano. Por causa das demissões, do programa próprio em que poucos trabalhadores foram contemplados, da falta de funcionários e do acúmulo de trabalho em muitas unidades, um ato será promovido pelo Sindicato nesta quinta-feira 13.

A ação será no centro administrativo do HSBC, que fica no edifício Tower, na Avenida Brigadeiro Faria Lima. “Vamos denunciar o desrespeito do banco com seus funcionários, que fechou os canais de negociação com o movimento sindical e não respondeu as diversas cartas enviadas cobrando justificativas sobre as dispensas realizadas no Brasil”, ressalta a diretora do Sindicato e funcionária o HSBC Liliane Fiúza.

O Sindicato enviou carta à direção do banco no Brasil há cerca de 40 dias, quando a imprensa informou que o banco inglês anunciara cortes de funcionários com o objetivo de alcançar suas metas de redução de custos. “A resposta oficial nunca veio”, comunica Liliane. Há duas semanas, o HSBC Brasil demitiu pelo menos 40 bancários. “Uma nova correspondência foi enviada à direção do HSBC, mas estamos sem resposta até o momento”, completa a dirigente.

Para a diretora do Sindicato Liliane Fiúza, as recentes demissões promovidas pelo banco prejudicam também os bancários que ficaram e estão sobrecarregados em diversas áreas e agências, além dos clientes. “O banco já enviou aos clientes seu cartão de Natal. Mas o Natal dos seus funcionários será bem magro, pois a direção do banco não divulgou os valores do Programa Próprio de Remuneração (PPR), e pode ter bancários que saiam prejudicados. Essa informação causa revolta e descontentamento, pois as metas são tão abusivas e inatingíveis, que no final sabemos que os valores pagos são injustos e não valem tanto sofrimento”, conclui a dirigente sindical.

De junho de 2011 a junho de 2012, a instituição financeira cortou 1.836 postos de trabalho no Brasil, segundo balanço do banco. Essa referência é apenas do primeiro semestre de 2011 e não inclui as últimas dispensas. 


Gisele Coutinho – 13/12/12

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