São Paulo - A UNI Américas, o braço continental da UNI-Sindicato Global, reuniu-se na segunda-feira 16 com a direção do Itaú, em São Paulo, avançando nas negociações com vistas à construção e assinatura de um Acordo Marco Global que garanta aos bancários do banco brasileiro que trabalham em qualquer país das Américas os direitos fundamentais previstos nas declarações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre eles o de sindicalização, o de livre organização sindical e o de negociação coletiva.
Essa foi a terceira rodada de negociação da UNI Américas com o Itaú sobre o Acordo Marco. Na reunião anterior, realizada dia 20 de junho também em São Paulo, dirigentes sindicais da UNI, da Contraf-CUT e de representantes de bancários da Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai apresentaram à direção do Itaú uma proposta de texto do Acordo Marco.
"Essas reuniões são um espaço importante de diálogo do movimento sindical de todo o continente com o Itaú, que é hoje um banco que rompeu as fronteiras do Brasil e atua em vários países da América Latina. Por isso é importante a assinatura do Acordo Marco Global, de forma a garantir aos bancários das nações vizinhas as práticas de relações sindicais construídas aqui no Brasil, o país-sede. Nessa reunião o banco acenou com grande possibilidade de assinar o acordo, que está em fase final de análise interna", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças.
Liberdade de organização - No encontro desta segunda-feira 16, os dirigentes sindicais sul-americanos reafirmaram a necessidade de o acordo contemplar três pontos fundamentais, referentes à liberdade de organização sindical, ao acesso dos sindicatos aos locais de trabalho e à divulgação do acordo aos funcionários.
“Queremos que o próximo encontro seja também um seminário, no qual poderemos reunir os sindicatos de bancários e as diretorias de RH dos países onde o Itaú está presente. Ali o banco poderá expor sua política internacional e a UNI Américas fará uma apresentação institucional”, explica André Luís Rodrigues, diretor regional da UNI Américas.
Além de Carlos Cordeiro e André, participaram da reunião o coordenador da Rede Sindical Itaú, Horacio Sartori, da La Bancária argentina, a secretária-geral do Sindicato dos Bancários do Itaú no Paraguai, Didar Pakraván, o diretor da Confederação de Sindicatos Bancários e Afins do Chile (Csteba), Javier Márquez, e o diretor da Associação de Bancários do Uruguai (Aebu), José Enrique Iglesias Criet.
A UNI-Sindicato Global, ao qual a Contraf-CUT é filiada, representa mais de 20 milhões de trabalhadores dos setores de serviços em todos os continentes.
Contraf-CUT – 17/12/13
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Objetivo é garantir aos bancários do banco brasileiro que trabalham em qualquer país das Américas os direitos fundamentais previstos nas declarações da Organização Internacional do Trabalho (OIT)
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