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CUT comemora retomada de relações EUA-Cuba

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Em nota, central sindical também defende fim imediato do bloqueio econômico, comercial e financeiro à ilha
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São Paulo – Depois de 53 anos, Cuba e Estados Unidos reataram relações diplomáticas. O anúncio foi feitos pelos presidentes dos dois países, o cubano Raúl Castro e o estadunidense Barack Obama, na quarta-feira 17.

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Em nota, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) comemora a decisão e a troca de presos políticos realizada entre os dois países logo em seguida, “em especial a libertação dos cinco antiterroristas cubanos, Gerardo Hernandez, Antonio Guerrero e Ramon Labañino, encarcerados desde 1998”, diz o texto, assinado pelo presidente da central, Vagner Freitas, e por seu secretário de Relações Internacionais, Antonio Lisboa.

Mas a nota não deixa de ressaltar que é contra o embargo econômico à ilha, imposto pelos Estados Unidos desde 1962, e que se mantém. “Desejamos que o passo dado em relação à normalização das relações seja um impulso para que o governo dos Estados Unidos acabe, de uma vez por todas, com o criminoso e cruel bloqueio econômico, comercial e financeiro, que tantos e tão profundos prejuízos humanos e materiais causa à Ilha caribenha, assim como feche a prisão de Guantânamo e devolva o local aos cubanos.”

Leia a nota na íntegra

É com muita alegria e redobrada satisfação que a Central Única dos Trabalhadores saúda o reatamento das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos, após 53 anos, bem como a troca de presos, em especial a libertação dos últimos dos cinco antiterroristas cubanos, Gerardo Hernandez, Antonio Guerrero e Ramon Labañino, encarcerados desde 1998.

A CUT se orgulha de, ao longo das suas mais de três décadas de existência, ter sempre estado solidária ao lado do povo cubano na sua luta por soberania e independência. Desejamos que o passo dado em relação à normalização das relações seja um impulso para que o governo dos Estados Unidos acabe, de uma vez por todas, com o criminoso e cruel bloqueio econômico, comercial e financeiro, que tantos e tão profundos prejuízos humanos e materiais causa à Ilha caribenha, assim como feche a prisão de Guantânamo e devolva o local aos cubanos.

O embargo contra Cuba foi imposto pelos EUA em 1962 após o fracasso da invasão da ilha para derrubar o governo liderado por Fidel Castro e, desde então, foram inúmeras as resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) condenando o bloqueio. Até o momento, os Estados Unidos continuam ignorando todas as normas mundiais.

Em outubro, na última votação, só os EUA e Israel fizeram pouco caso da decisão do órgão máximo da comunidade internacional e votaram pela manutenção da política do garrote e asfixia. O texto solidário a Cuba venceu massivamente, recebendo o apoio de 188 dos 193 membros da ONU, com a abstenção da Micronésia, Palau e Ilhas Marshall, o mesmo resultado da resolução equivalente aprovada um ano atrás.

Que o espírito de congraçamento manifestado pelos povos do mundo diante do reatamento diplomático potencialize a pressão pelo fim do bloqueio e abra um novo tempo de justiça e paz para a nossa América e para a Humanidade.

Vagner Freitas, presidente da CUT
Antonio Lisboa, secretário de Relações Internacionais da CUT



Redação com informações da CUT – 19/12/2014
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