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São Paulo – Mais de dois mil dirigentes de sindicatos do mundo todo estão reunidos na Cidade do Cabo, África do Sul para o 4º Congresso da UNI Sindicato Global. O tema do encontro, de 7 a 10 de dezembro, é Todos Incluídos. Com o pano de fundo da crise financeira iniciada em 2008, o evento trata da importância de construir um sistema econômico de crescimento sustentável e inclusão social global.
A diretora executiva do Sindicato Rita Berlofa – que participa como delegada junto com a também dirigente da entidade Neiva Ribeiro – conta que homenagens a Mandela abriram o encontro, que segue com participação de diversos dirigentes que tratam dos impactos da crise sobre os trabalhadores. A dirigente Érica Godoy também participa como observadora.
Exemplo de Mandela – No aniversário de 20 anos de democracia e liberdade da África do Sul e de um ano da morte do líder Nelson Mandela, o Congresso da Uni começou homenageando Madiba.
Após espetáculos de dança e música sul-africanas, essa história de luta pela liberdade do povo negro foi lembrada por Ahmed Kathrada (foto), amigo de toda a vida de Mandela. Condenados juntos, passaram 26 anos e três meses na prisão.
Todos iguais – Na abertura do Congresso, o ativista deu testemunho emocionado sobre a humanidade de Mandela, que tratava todos como iguais: “Ele falava ao telefone ‘tchau, Elizabeth’ e era a rainha. E ele dizia: já que ela me chama de Nelson, eu a chamo de Elizabeth”, contou.
Separação – Ao lembrar os anos de prisão, Ahmed Kathrada relatou que, por exemplo, como era indiano, teve o “privilégio” de receber calça comprida. “Meus companheiros negros receberam shorts e era inverno”.
“Madiba era exemplo de liderança. Não aceitava privilégios. Pedimos aos mais velhos que fossem dispensados de uma greve de fome que fizemos na prisão. Eles e Madiba, que era 11 anos mais velho que eu, recusaram-se”, lembrou Kathrada.
Liderança – “Você só pode liderar marchando na frente, não pode aceitar tratamento privilegiado e é isso o que Madiba nos ensina”, afirma a diretora do Sindicato Rita Berlofa.
“Em mais de uma ocasião, a liberdade foi proposta a Mandela, que recusou por não aceitar ser liberto sem que se libertasse toda a África”, ressalta a dirigente.
O 4º Congresso da UNI Sindicato Global ocorre em seguida à 4ª Conferência Mundial das Mulheres, que reuniu centenas de trabalhadoras para discutir a luta pela igualdade de gêneros em um mundo em crise.
> África sedia 4ª Conferência Mundial das Mulheres
Mariana Castro Alves – 9/12/2014
A diretora executiva do Sindicato Rita Berlofa – que participa como delegada junto com a também dirigente da entidade Neiva Ribeiro – conta que homenagens a Mandela abriram o encontro, que segue com participação de diversos dirigentes que tratam dos impactos da crise sobre os trabalhadores. A dirigente Érica Godoy também participa como observadora.
Exemplo de Mandela – No aniversário de 20 anos de democracia e liberdade da África do Sul e de um ano da morte do líder Nelson Mandela, o Congresso da Uni começou homenageando Madiba.
Após espetáculos de dança e música sul-africanas, essa história de luta pela liberdade do povo negro foi lembrada por Ahmed Kathrada (foto), amigo de toda a vida de Mandela. Condenados juntos, passaram 26 anos e três meses na prisão.
Todos iguais – Na abertura do Congresso, o ativista deu testemunho emocionado sobre a humanidade de Mandela, que tratava todos como iguais: “Ele falava ao telefone ‘tchau, Elizabeth’ e era a rainha. E ele dizia: já que ela me chama de Nelson, eu a chamo de Elizabeth”, contou.
Separação – Ao lembrar os anos de prisão, Ahmed Kathrada relatou que, por exemplo, como era indiano, teve o “privilégio” de receber calça comprida. “Meus companheiros negros receberam shorts e era inverno”.
“Madiba era exemplo de liderança. Não aceitava privilégios. Pedimos aos mais velhos que fossem dispensados de uma greve de fome que fizemos na prisão. Eles e Madiba, que era 11 anos mais velho que eu, recusaram-se”, lembrou Kathrada.
Liderança – “Você só pode liderar marchando na frente, não pode aceitar tratamento privilegiado e é isso o que Madiba nos ensina”, afirma a diretora do Sindicato Rita Berlofa.
“Em mais de uma ocasião, a liberdade foi proposta a Mandela, que recusou por não aceitar ser liberto sem que se libertasse toda a África”, ressalta a dirigente.
O 4º Congresso da UNI Sindicato Global ocorre em seguida à 4ª Conferência Mundial das Mulheres, que reuniu centenas de trabalhadoras para discutir a luta pela igualdade de gêneros em um mundo em crise.
> África sedia 4ª Conferência Mundial das Mulheres
Mariana Castro Alves – 9/12/2014