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Bancários participam de conferência sobre Cassi

Linha fina
Funcionários lotam auditório do Sindicato para se apropriar da situação da caixa de assistência e eleger conselho de usuários; movimento sindical e bancários cobram soluções do Banco do Brasil para adoção de modelo de atenção a saúde e reverter quadro deficitário
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São Paulo – Mais de 300 bancários participaram da VII Conferência de Saúde da Cassi, em uma clara demonstração da preocupação e da vontade de se apropriar da situação da caixa de assistência, que se encontra em situação deficitária. O Banco do Brasil é co-gestor do plano, entretanto insiste que a conta do prejuízo fique apenas com os associados. A reunião foi patrocinada pelo Sindicato e ocorreu na sede da entidade nesta sexta-feira 4.

“Essa participação mostra o engajamento dos usuários na discussão da Cassi, principalmente depois da ultima negociação sobreo tema. O banco tem de prestar atenção a isso”, afirma o dirigente sindical e integrante da Comissão de empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga. “O bancário está interessado e esperamos que a instituição apresente soluções concretas na próxima reunião marcada para 21 de dezembro.”

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Propostas - A situação deficitária norteou os debates da conferência.  Foram discutidas série de propostas como, por exemplo, que a caixa de assistência adote o modelo de prevenção familiar que, inclusive, consta em seu estatuto e regimentos. Outra proposta discutida é trazer os funcionários de bancos incorporados, como a antiga Nossa Caixa, para a Cassi.

Conforme seu estatuto, a Cassi foi pensada para proporcionar aos usuários um modelo de prevenção familiar.

A Estratégia de Saúde da Família (ESF), por exemplo, é considerada mais racional, portanto, mais barata. Nesse modelo uma equipe multidisciplinar observa o grupo familiar durante o ano todo e, desta forma, conhece seu histórico de saúde, podendo agir na prevenção ao invés do tratamento, sempre mais dispendioso.

Só que apenas cerca de 25% dos usuários da Cassi usufruem da ESF. Um dos motivos é o questionamento, por parte do banco, sobre a eficiência deste modelo.

Conselheiros - Durante a conferência, os usuários elegeram os 18 representantes da ativa no Conselho de Usuários da Cassi que participarão de reuniões mensais. O conselho é o fórum de organização dos funcionários para demandar a própria administração da caixa de assistência. Entretanto, não tem poder de decisão.

“Nós conseguimos ampliar a participação social e envolver um conjunto bem maior de assistidos da ativa e aposentados na busca de uma solução para a questão do déficit do plano de associados”, reforça o diretor eleito de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi, William Mendes.

“O momento agora é buscar solução consensual entre as entidades representativas e o banco para que a Cassi volte a sua normalidade e possa ampliar seu modelo de atenção integral a saúde, possibilitando cuidar dos bancários que já trabalham em um sistema extremamente adoecedor. Nos próximos anos vamos trabalhar fortemente para que esse direito seja estendido para a totalidade dos usuários”, completa o diretor eleito.
 
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Redação – 4/12/2015
 
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