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Contra a prisão de sindicalistas espanhóis

Linha fina
UNI Sindicato Global faz campanha contra uso de artigo do Código Penal da ditadura de Franco para reprimir greves
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São Paulo – Imagine um país europeu moderno, nos dias de hoje, em que dirigentes sindicais podem ir para a cadeia por exercerem seu direito democrático à greve. Esse país é a Espanha.

Cerca de trezentos sindicalistas espanhóis estão enfrentando processos penais e administrativos em um ataque sem precedentes contra os direitos dos trabalhadores. No retrocesso que atingiu fortemente o país nos últimos anos, o governo está usando um artigo do Código Penal da ditadura do general Francisco Franco que naqueles tempos, entre 1939 e 1976, foi usado para reprimir greves.

Entre os que correm risco de ir para a prisão estão Dolores Villalba e Gonzalo Fuentes, dirigentes da Federação de Serviços CCOO, afiliada à UNI Sindicato Global, bem como oito trabalhadores da Airbus em Madrid por sua participação em piquetes durante a greve geral de 2010. Na soma total, podem ser condenados a passar 64 anos atrás das grades.

Villalba, secretária-geral da Federação de Serviços Málaga, enfrenta uma pena de três anos e seis meses. “Eu não estou com medo da prisão, se eu tiver que ir eu vou. Vamos continuar lutando. Fazer greve não é um crime, é um direito.”

Reforma – Para a UNI Sindicato Global, a reforma trabalhista que está sendo realizada na Espanha sob pretexto de combater a crise econômica no país, tem na verdade o propósito de restringir os direitos de liberdade sindical, de negociação coletiva e privatizar os serviços públicos.

O Comitê Executivo Mundial da UNI aprovou declaração rejeitando essa política e as leis repressivas do governo espanhol, que restringem os direitos dos trabalhadores e as liberdades fundamentais dos cidadãos e conclama a solidariedade internacional.

“É hora de dizer basta ao governo espanhol”, afirma a diretora executiva do Sindicato, Rita Berlofa, presidenta da UNI Finanças Mundial.

> Envie uma mensagem para o governo espanhol

Os sindicatos espanhóis afiliados à UNI receberão o prêmio da UNI Global Union “Livbes de temor”, em reconhecimento ao seu valor ante a repressão, e em apoio à sua campanha por justiça e anistia aos dirigentes sindicaos.


Redação com informações da UNI Global Union – 14/12/2015
 
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