Pular para o conteúdo principal

Injustiças do TAO serão debatidas com BB

Linha fina
Grupo de trabalho formado por representantes dos bancários e do banco vai negociar temas sobre ascensão profissional, como processo seletivo de vagas mais justo e transparente; relatórios sobre viabilidade das propostas deverão ser elaborados por ambas as partes
Imagem Destaque
São Paulo – As dificuldades de ascensão profissional e a falta de critérios e de ética nos processos de concorrência a vagas são algumas das principais reclamações dos funcionários do Banco do Brasil. Para reverter essa situação, o movimento sindical conquistou na última Campanha Nacional Unificada a constituição de um grupo de trabalho para negociar junto ao BB mudanças nos processos seletivos. A primeira reunião será no dia 8 de dezembro.

Na ocasião, serão discutidos os critérios do processo de seleção de vagas do programa Talento e Oportunidades (TAO). Representantes dos trabalhadores vão apresentar propostas para aperfeiçoar o TAO.  Dois gerentes de contas selecionados na base vão assessorar a comissão nas negociações junto ao banco.

Entre as propostas estão: aos postulantes a cargo de gestores, aplicação de prova que avalie tanto a capacidade de gestão de pessoas como conhecimentos técnicos para o preenchimento da função; critérios transparentes de ascensão que contemple o mérito por antiguidade; incorporação da comissão após 10 anos na mesma função; definição e divulgação de anúncios de cargos, com prazos de inscrição e seleção de forma clara e objetiva.

“Essas propostas têm o objetivo de tornar a seleção para novas funções mais justo e transparente, pois a falta de critérios está deslegitimando o processo, e muitos colegas não reconhecem nos promovidos capacidade e legitimidade”, ressalta o dirigente sindical Renato Carneiro.

O relato de um bancário do complexo São João constata a avaliação de Renato. “A gente sabe que o banco, por meio dos gestores, comissiona quem ele quer. Eu já vi gerente falar que é ele quem indica, e é assim que funciona mesmo. É pessoal. Tanto que o TAO é conhecido como ‘tenta agora, otário’. A ascensão é de acordo com a afinidade e por causa disso muitas vezes os colegas não têm competência suficiente para o cargo, porque temos exaustivamente de ensinar a função. Ou seja, ele não conhece os trâmites”, conta.

João Fukunaga, integrante da comissão de empresa dos funcionários do BB e dirigente do Sindicato, ressalta que o movimento sindical e o banco deverão apresentar, dentro de prazo determinado, relatórios com estudos de viabilidade das propostas. “Os grupos de trabalho são uma conquista importante da Campanha Nacional Unificada deste ano e é por meio dessas mesas que vamos cobrar do banco melhorias das condições de trabalho.”


Redação – 4/12/2015
Atualizada às 12h29 de 7/12/2015
 
seja socio