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Assinado aditivo do Santander

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Acordo retroage a 1º de setembro de 2016 e vale até 31 de agosto de 2018; prevê avanços como reajustes no PPRS e bolsas, e uma nova cláusula que garante o parcelamento do adiantamento das férias
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Redação Spbancarios
1º/12/2016


São Paulo – Os integrantes da Comissão Executiva dos Empregados do Santander (COE) e a direção do banco assinaram, na manhã da quinta-feira 1º, o acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Ele retroage a 1º de setembro de 2016 e vale até 31 de agosto de 2018.

“O aditivo é uma importante conquista dos trabalhadores do Santander e garante direitos que, algumas vezes, vêm antes de serem usufruídos por toda a categoria. Este ano, por exemplo, conquistamos uma nova cláusula, que garante o parcelamento do adiantamento de férias, e isso ainda não está na CCT. É uma conquista importante porque permite ao trabalhador parcelar, em até três vezes, o adiantamento, ou seja, ele não precisa receber o holerite zerado no mês seguinte às férias”, destaca a diretora executiva do Sindicato e coordenadora da COE, Maria Rosani.

O novo aditivo prevê ainda reajustes no Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS) e nas bolsas de graduação e pós. Além disso, foram renovadas todas as cláusulas existentes, como por exemplo licença não remunerada de até 30 dias para cuidar de parente de primeiro grau, jornada especial, de nove meses, para amamentação, entre outras.

Trabalhadores e banco também assinaram a renovação do Termo de Relações Laborais e Prestação de Serviços Financeiros – Boas Práticas, que estabelece regras para a gestão de pessoas, e ainda o Termo de Compromisso Banesprev e o Termo de Compromisso Cabesp. 

PPRS – O programa terá reajuste de 9,13% em 2016, que equivale a R$ 2.200. Em 2017, o programa terá a correção da inflação (INPC) mais 1% de aumento real.

O acordo garante que todos os bancários do Santander receberão R$ 2.200 de PPRS referente ao ano de 2016 (o crédito é em março de 2017). Já os trabalhadores que são elegíveis à remuneração variável (os que ganham pelo cumprimento de metas acordadas com o banco) receberão o valor que for maior. Por exemplo, se pelos programas próprios de remuneração variável ele receberia R$ 1.500 em 2016, passa a receber os R$ 2.200 do PPRS. Mas se sua remuneração variável corresponde a R$ 5 mil, receberá os R$ 5 mil. “O importante é que esses R$ 2.200 já estão acordados no aditivo, ou seja, ninguém receberá menos que isso”, explica Maria Rosani. “E vale lembrar: nenhum programa de remuneração variável do Santander é descontado da PLR da Fenaban”, acrescenta a dirigente.

Bolsas – Os trabalhadores conquistaram a correção das bolsas de graduação e pós pelos índices da Campanha 2016 da Fenaban (federação dos bancos): 8% em 2017 e, em 2018, INPC mais 1% de aumento real. O programa de bolsas de estudo do Santander tem um total de 2.500 bolsas, sendo 2 mil para graduação e 500 para pós. As bolsas são concedidas mediante critérios sociais como maior tempo de casa, menor salário e maior número de dependentes.

Outras mesas – Durante a assinatura do aditivo, os representantes dos trabalhadores cobraram que fossem agendadas o mais rápido possível novas reuniões do Comitê de Relações Trabalhistas e do Fórum de Saúde, para discutir outras questões de interesse dos trabalhadores. “As metas, por exemplo, que têm sobrecarregado os funcionários, foram discutidas nas rodadas de negociação do aditivo, mas sem avanços. Esse é um dos temas que será retomado nessas outras mesas”, comenta Maria Rosani.
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