A diretoria da Cassi, através do seu conselho deliberativo, aprovou aumento para a coparticipação mesmo tendo em mãos uma proposta construída pelas entidades representativas dos associados da caixa de assistência (veja abaixo) que busca evitar alta nos valores das mensalidades e procedimentos médicos.
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“É no mínimo cínico e inadmissível que uma diretoria eleita pelos usuários da Cassi aprove um aumento para os associados apenas alguns dias depois de ter aceitado encaminhar para o Banco do Brasil uma proposta elaborada coletivamente pelas entidades representativas dos trabalhadores”, protesta Sílvia Muto, dirigente sindical e bancária do Banco do Brasil.
“Essa atitude confirma mais uma vez que parte da diretoria eleita pelos associados está no comando da caixa de assistência para defender os interesses do Banco do Brasil ao invés de defender os interesses dos associados, que foram quem os elegeram, e busca jogar nas costas dos trabalhadores o problema do déficit da Cassi, ao mesmo tempo em que tenta livrar o banco desse ônus”, acrescenta Sílvia.
Fim das Conferências de Saúde
Além do aumento da coparticipação, o próprio representante eleito do conselho deliberativo, Sérgio Faraco, cumprindo uma promessa de campanha, está cancelando todas as conferências estaduais de saúde.
“É uma decisão política, pois foi por meio desses fóruns deliberativos realizados com a participação direta dos usuários que surgiram propostas que visavam alertar para os perigos das reformas que o banco estava propondo”, afirma Sílvia Muto, lembrando as duas grandes conferências realizadas no ano passado – com organização do Sindicato dos Bancários de São Paulo – nas quais centenas de trabalhadores participaram.
Sílvia Muto salienta que conferências permitem a aproximação dos usuários com os problemas da Cassi e possibilitam acesso a informações e a construção de opiniões e propostas.
“As conferências representaram uma grande mudança construída nos últimos três anos e agora, no momento em que a Cassi mais precisa da participação dos funcionários, a diretoria eleita simplesmente cancela esse fórum de debate alegando que a caixa de assistência passa por um contingenciamento de custos. Mas em momentos passados a Cassi também passou por problemas de contingenciamento, mas as diretorias eleitas tinham compromisso com entidades representativas dos funcionários e mantiveram as conferências”, afirma Sílvia.
Proposta das entidades dos trabalhadores encaminhada ao banco
A proposta elaborada por entidades como Contraf-CUT, AAFBB, Anabb, Contec, Faabb, e já encaminhada à diretoria do Banco do Brasil, mantém as contribuições normais de 3% para os associados e 4,5% para o banco, não cria novas formas de contribuição por dependente ou faixa etária e mantém o modelo de governança paritária sem voto de minerva. Cria aportes e contribuições adicionais de 2019 a 2023, na proporção de 40% para os associados e 60% para o banco.
As contribuições e aportes extraordinários a vigorar até 2023 são os seguintes:
Associados ativos e aposentados – contribuição extraordinária de 2% ao mês. Banco do Brasil – contribuição extraordinária de 3% para os ativos. Liquidação antecipada do custeio dos dependentes indiretos (R$ 450 milhões). Mantém a contribuição patronal de 4,5% para os aposentados, mas, em contrapartida, o banco ressarce os custos dos programas assistenciais (R$ 27 milhões/mês) e arca com taxa de administração de 4% incidente sobre a folha de pagamento dos ativos.
Estratégia Saúde da Família – diretoria da Cassi assume a meta de aumento anual de 10% no número de inscritos no programa.
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