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Começou a Campanha Nacional Unificada 2015

Linha fina
Categoria apresenta reivindicações para a Fenaban e já marca primeira reunião, sobre emprego, prioridade deste ano. Também foram entregues as pautas específicas para direções do BB e da Caixa
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São Paulo – Pauta entregue, campanha nas ruas. No início da manhã da terça-feira 11, o Comando Nacional dos Bancários entregou à federação dos bancos (Fenaban) a pauta de reivindicações da categoria. Durante a reunião, na sede da Fenaban, em São Paulo, também foram entregues as pautas específicas às direções do Banco do Brasil e da Caixa Federal.

> Pautas do BB e Caixa entregues
> Vídeo: banqueiros com a pauta

Assim, está oficialmente iniciada a Campanha Nacional Unificada 2015 e a primeira rodada de negociação já foi agendada. Será na quarta-feira 19 e vai tratar da prioridade dos bancários este ano: emprego.

Fotos: galeria da entrega das pautas

Nas ruas, os bancários apresentaram a campanha à sociedade. Uma caminhada pelas ruas do centro velho de São Paulo lembrou a todos: Exploração não tem perdão! Os trabalhadores saíram da sede do Sindicato, seguiram pela Praça do Patriarca, Rua da Quitanda, Álvares Penteado, Rua do Tesouro, 15 de novembro até a Praça Antônio Prado.

> Recado dado: exploração não tem perdão!

Pauta – A pauta de reivindicações entregue aos bancos foi votada e aprovada na 17ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada entre os dias 31 de julho e 2 de agosto, com a participação de 635 trabalhadores eleitos em assembleias por todo o Brasil.

> Veja os principais pontos da pauta entregue à Fenaban

“Não vamos abrir mão de aumento real, valorização do piso, da PLR, dos vales, melhoria nas condições de trabalho. Mas nossa prioridade este ano são os empregos. Os bancos precisam parar de demitir e voltar a contratar. Com lucros crescendo tanto, mesmo em tempos de crise internacional, devem isso não só aos bancários mas a toda a sociedade”, cobra a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional.

Os três maiores bancos privados do país (Itaú, Bradesco e Santander) já anunciaram os resultados para o primeiro semestre do ano: são R$ 24 bilhões – crescimento de 22,3% em relação a 2014 – e nem estão contabilizados BB e Caixa, que ainda não divulgaram seus balanços (no primeiro trimestre lucraram mais de R$ 3 e 1,5 bi, respectivamente). “Não há crise no setor financeiro brasileiro e os bancários vão para a Campanha com essa certeza.”

O presidente da Fenaban, Murilo Portugal (à direita na foto), destacou a rentabilidade dos bancos, mas minimizou a redução dos postos de trabalho no setor financeiro. Também falou sobre o desafio da segurança bancária e citou as frequentes explosões de caixas eletrônicos como um grande problema para os bancos, mas se mostrou disposto a debater segurança dos bancários. Após Juvandia lembrar os 30 anos de criação do Departamento Nacional dos Bancários (atual Contraf-CUT) e dos avanços conquistados na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, Portugal disse: “Temos a oportunidade de continuar e fazer melhor”.

Já Roberto Von der Osten (ao centro na foto), presidente da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), reforçou a preocupação da categoria em todo o Brasil com o emprego. “Nesta campanha, todo discurso da Fenaban é que o impacto da redução dos postos de trabalho é atribuído à saída dos trabalhadores sem substituição nesses postos. O crescimento do sistema financeiro é muito grande. Nos interessa nesse processo debater a precarização do trabalho por terceirização e também o desemprego.”
 

Redação – 11/8/2015
(Atualizado às 15h48)

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