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São Paulo – O Banco do Brasil apresentou lucro líquido ajustado – que exclui itens extraordinários – de R$ 6,065 bilhões, 11,5% superior ao do primeiro semestre de 2014. A rentabilidade ajustada no período foi de 14,2% ao ano.
Levando em conta o impacto da receita gerada pela associação entre BB Elo Cartões e a Cielo, no ramo de meios eletrônicos de pagamento, o lucro líquido atinge R$ 8,826 bilhões, crescimento de 60,3% em relação aos primeiros seis meses do ano passado. E uma rentabilidade de 20,9%.
“O excelente resultado mostra que o banco tem todas as condições de atender às reivindicações da Campanha Nacional Unificada 2015, tanto as gerais da categoria quanto as específicas dos funcionários”, diz o diretor do Sindicato, integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários pela Fetec/CUT-SP, João Fukunaga, lembrando que a pauta específica já está com a direção da instituição financeira.
> Funcionários do BB entregam pauta específica
> Começou a Campanha Nacional Unificada 2015
Empregos – O balanço do banco, divulgado na quinta-feira 13, mostra ainda que houve aumento de 778 postos de trabalho em relação a junho de 2014, assim o número de bancários chegou a 112.325 em todo o país. Mas para o movimento sindical esse aumento é insuficiente. “Só no primeiro semestre o BB dispensou cerca de 5.300 pessoas, que se aposentaram por conta do PAI [Plano de Aposentadoria Incentivada]. Portanto, o número de trabalhadores ainda é insuficiente. As agências estão caóticas, o atendimento aos clientes está precário e os bancários estão sobrecarregados e pressionados a cumprir metas cada vez maiores.”
O dirigente lembra o mote da Campanha 2015: “Exploração não tem perdão! E o BB, como banco público, deveria seguir outra lógica, mas acaba rezando pela cartilha do mercado, explorando e adoecendo seus funcionários”.
> Recado dado: exploração não tem perdão!
João chama ainda atenção para outro dado do balanço: “Só com as receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias, que cresceram 9,1% em relação a junho de 2014, o banco cobre 107% de suas despesas de pessoal, inclusive a PLR. Ou seja, não há mesmo justificativa para não contratar mais”.
Ganho fácil – A carteira de Títulos e Valores Mobiliários (TVM) apresentou expansão de 15%, enquanto que a carteira de crédito ampliada cresceu apenas 6,4% (não incluídas as operações no exterior). “Isso mostra que o BB, assim como os bancos privados, tem preferido ganhar com os títulos da dívida pública, que são em parte indexados pela Selic, do que ampliando a oferta de crédito à sociedade”, critica o dirigente.
O resultado do BB com TVM aumentou 58,7% atingindo R$ 29,6 bilhões apenas nos seis primeiros meses deste ano, o que reflete em parte as consecutivas altas da taxa básica de juros, a Selic, hoje em 14,25% ao ano.
> Selic sobe novamente e juro alto corrói economia
João Fukunaga também aponta para o aumento da Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) do banco: “Apesar de a inadimplência ter permanecido estável, o BB aumentou muito a PDD. Isso não faz sentido”, questiona. A taxa de inadimplência passou de 1,99% para 2,04%, apresentando estabilidade e níveis inferiores aos observados no sistema financeiro nacional. Mesmo assim, as despesas de PDD aumentaram 26% em relação ao primeiro semestre de 2014, atingindo R$ 11,5 bilhões.
Outros dados – Os ativos totais atingiram R$ 1,534 trilhão em junho de 2015, com expansão de 9,5% em 12 meses.
O destaque do crédito foi a carteira imobiliária que atingiu R$ 44,1 bilhões ao final de junho, expansão de 37,8% em 12 meses. João destaca que o banco tem terceirizado vários serviços relacionados a essa carteira, como o setor de análise de crédito. “Um dos itens de nossa pauta de reivindicações, entregue à Fenaban [federação dos bancos], é a proibição da terceirização em atividades do ramo financeiro e a contratação direta dos terceirizados que desempenham atividades bancárias. Os bancos terceirizam para economizar com mão de obra, já que esses trabalhadores têm jornadas maiores e salários menores”, denuncia.
> Confira as principais reivindicações dos bancários
Ele lembra ainda que o combate ao PL da Terceirização é um dos pontos da pauta geral dos bancários. O PL 4330 foi aprovado pela Câmara e agora tramita no Senado como PLC 30/2015.
> Veja como PL da Terceirização prejudica os trabalhadores
O crédito imobiliário aumentou, mas o cheque especial e financiamento de veículos apresentaram queda de 9,4% e 3,9%, respectivamente. No crédito PJ, o destinado às micro e pequenas empresas caiu 3,3%.
As operações de crédito realizadas com o governo atingiram R$ 32,6 bilhões em junho de 2015, crescendo 51,7% em 12 meses, principalmente em recursos para investimentos dos estados e municípios, com destaque para infraestrutura.
Andréa Ponte Souza – 13/8/2015
Levando em conta o impacto da receita gerada pela associação entre BB Elo Cartões e a Cielo, no ramo de meios eletrônicos de pagamento, o lucro líquido atinge R$ 8,826 bilhões, crescimento de 60,3% em relação aos primeiros seis meses do ano passado. E uma rentabilidade de 20,9%.
“O excelente resultado mostra que o banco tem todas as condições de atender às reivindicações da Campanha Nacional Unificada 2015, tanto as gerais da categoria quanto as específicas dos funcionários”, diz o diretor do Sindicato, integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários pela Fetec/CUT-SP, João Fukunaga, lembrando que a pauta específica já está com a direção da instituição financeira.
> Funcionários do BB entregam pauta específica
> Começou a Campanha Nacional Unificada 2015
Empregos – O balanço do banco, divulgado na quinta-feira 13, mostra ainda que houve aumento de 778 postos de trabalho em relação a junho de 2014, assim o número de bancários chegou a 112.325 em todo o país. Mas para o movimento sindical esse aumento é insuficiente. “Só no primeiro semestre o BB dispensou cerca de 5.300 pessoas, que se aposentaram por conta do PAI [Plano de Aposentadoria Incentivada]. Portanto, o número de trabalhadores ainda é insuficiente. As agências estão caóticas, o atendimento aos clientes está precário e os bancários estão sobrecarregados e pressionados a cumprir metas cada vez maiores.”
O dirigente lembra o mote da Campanha 2015: “Exploração não tem perdão! E o BB, como banco público, deveria seguir outra lógica, mas acaba rezando pela cartilha do mercado, explorando e adoecendo seus funcionários”.
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João chama ainda atenção para outro dado do balanço: “Só com as receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias, que cresceram 9,1% em relação a junho de 2014, o banco cobre 107% de suas despesas de pessoal, inclusive a PLR. Ou seja, não há mesmo justificativa para não contratar mais”.
Ganho fácil – A carteira de Títulos e Valores Mobiliários (TVM) apresentou expansão de 15%, enquanto que a carteira de crédito ampliada cresceu apenas 6,4% (não incluídas as operações no exterior). “Isso mostra que o BB, assim como os bancos privados, tem preferido ganhar com os títulos da dívida pública, que são em parte indexados pela Selic, do que ampliando a oferta de crédito à sociedade”, critica o dirigente.
O resultado do BB com TVM aumentou 58,7% atingindo R$ 29,6 bilhões apenas nos seis primeiros meses deste ano, o que reflete em parte as consecutivas altas da taxa básica de juros, a Selic, hoje em 14,25% ao ano.
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João Fukunaga também aponta para o aumento da Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) do banco: “Apesar de a inadimplência ter permanecido estável, o BB aumentou muito a PDD. Isso não faz sentido”, questiona. A taxa de inadimplência passou de 1,99% para 2,04%, apresentando estabilidade e níveis inferiores aos observados no sistema financeiro nacional. Mesmo assim, as despesas de PDD aumentaram 26% em relação ao primeiro semestre de 2014, atingindo R$ 11,5 bilhões.
Outros dados – Os ativos totais atingiram R$ 1,534 trilhão em junho de 2015, com expansão de 9,5% em 12 meses.
O destaque do crédito foi a carteira imobiliária que atingiu R$ 44,1 bilhões ao final de junho, expansão de 37,8% em 12 meses. João destaca que o banco tem terceirizado vários serviços relacionados a essa carteira, como o setor de análise de crédito. “Um dos itens de nossa pauta de reivindicações, entregue à Fenaban [federação dos bancos], é a proibição da terceirização em atividades do ramo financeiro e a contratação direta dos terceirizados que desempenham atividades bancárias. Os bancos terceirizam para economizar com mão de obra, já que esses trabalhadores têm jornadas maiores e salários menores”, denuncia.
> Confira as principais reivindicações dos bancários
Ele lembra ainda que o combate ao PL da Terceirização é um dos pontos da pauta geral dos bancários. O PL 4330 foi aprovado pela Câmara e agora tramita no Senado como PLC 30/2015.
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O crédito imobiliário aumentou, mas o cheque especial e financiamento de veículos apresentaram queda de 9,4% e 3,9%, respectivamente. No crédito PJ, o destinado às micro e pequenas empresas caiu 3,3%.
As operações de crédito realizadas com o governo atingiram R$ 32,6 bilhões em junho de 2015, crescendo 51,7% em 12 meses, principalmente em recursos para investimentos dos estados e municípios, com destaque para infraestrutura.
Andréa Ponte Souza – 13/8/2015