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Empregados cobram fim do GDP na Caixa

Linha fina
Durante primeira rodada de negociação da Campanha, banco reforça que ampliará programa de metas individuais; dirigentes também reivindicaram mais investimento em segurança para proteção de pessoas
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São Paulo – Na primeira rodada de negociação da pauta específica de reivindicações da Caixa, a Comissão Executiva dos Empregados do banco (CEE) voltou a reivindicar o fim da Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) e suas metas cobradas de forma individual. A instituição, por sua vez, não se mostrou disposta a alterar o programa. Pelo contrário, reforçou que será estendido a todos os empregados até 2016.

O debate ocorreu na quinta-feira 27, em Brasília, em torno de temas relacionados a saúde do trabalhador e segurança bancária.

Durante a negociação, representantes do banco disseram que as metas são determinadas por meio de um plano estratégico e definidas com base em diversos estudos. “Isso mostra o cinismo que é a GDP, porque é um compromisso de cumprimento da meta com o empregado determinado no local de trabalho, mas a meta já foi formulada e imposta previamente”, afirma Dionísio Reis, diretor executivo do Sindicato e integrante da CEE Caixa (na foto, de óculos).

A Comissão dos Empregados cobra o fim do GDP por meio da assinatura do artigo que trata do fim das metas abusivas descrito na pauta geral de reivindicações. A cláusula determina que os resultados sejam estipulados com a participação dos bancários, cobrados coletivamente, e respeitem as particularidades de cada departamento ou agência.

“Exposição a metas individuais impostas pelo banco são altamente adoecedoras”, afirma Dionísio. “Por ser 100% pública, a Caixa deveria ser referência no trato com os empregados, assinando o fim das metas abusivas”, complementa.

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Segurança – O movimento sindical cobrou dos representantes do banco, ainda, a implantação de dispositivos de segurança em todos os locais de trabalho, como biombos entre os caixas e a fila de atendimento, divisórias nos caixas eletrônicos, vidros de proteção nos guichês de caixa e penhor, elaboração de plano específico em unidades localizadas em áreas de risco, instalação de portas giratórias com detector de metais antes das áreas de autoatendimento. A reivindicação é que nenhum trabalhador fique do lado de fora das portas de segurança.

Representantes do banco alegaram que equipamentos como biombos e vidros nos guichês têm sido implantados, mas não se comprometeram com prazos para instalação em todas as agências.

“A Caixa está investindo muito mais na segurança do seu patrimônio do que na segurança das pessoas, prova disso é que o banco reluta até mesmo em colocar um único segurança nos prédios das áreas meio, onde trabalham muitos bancários”, critica Dionisio Reis.“A vida humana é mais importante do que o dinheiro, portanto o banco deve priorizar a implantação de dispositivos que protejam a integridade dos empregados e da população em detrimento de medidas voltadas à segurança do numerário. O bancário corre riscos por cuidar de um dinheiro que não é dele, e a Caixa deve ser responsável por esse risco”, complementa o dirigente.

Outras demandas da saúde dos trabalhadores serão debatidas nas próximas mesas específicas.

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Rodolfo Wrolli – 27/8/2015
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