São Paulo – O Santander encerrou o contrato com a empresa terceirizada que promove empréstimos consignados no banco. Os trabalhadores ficavam espalhados por Postos de Atendimento Bancário (PABs), inclusive em centros administrativos, a exemplo do Casa 1.
A Promo7 comunicou em seu site que o Santander exigiu mudanças que a empresa não poderia atender por considerar haver “riscos e incertezas”. O contrato, então, foi encerrado no domingo 26. Segundo o diretor da Fetec-CUT/SP Roberto Paulino, cerca de 930 trabalhadores prestavam serviço ao Santander por meio da Promo7.
Na segunda-feira 27 o Sindicato encaminhou mensagem à Superintendência de Relações Trabalhistas do banco exigindo acompanhamento do caso. O Santander informou que já intercedeu para garantir o cumprimento contratual e o fiel pagamento de verbas rescisórias aos empregados, caso necessário. “Caso a empresa não cumpra suas obrigações trabalhistas com os funcionários que prestavam serviços ao Santander, a corresponsabilidade é da instituição financeira, que contratou os serviços”, ressalta o dirigente sindical.
Para o banco, a atividade de consignado pode ser desenvolvida por prestador de serviço sendo vetada a presença dos promotores dentro dos estabelecimentos bancários. O Sindicato defende a internalização dos trabalhadores, uma vez que a atividade exercida por essas empresas terceirizadas, segundo Roberto Paulino, é caracterizada como bancária.
Segundo ele, a nova empresa terceirizada contratada pelo Santander paga menos aos seus funcionários. “Além de terceirizar o trabalho que contempla diversas atividades que são funções do bancário, o Santander ainda precariza a terceirização com o objetivo de baratear o custo da mão de obra e lucrar mais à custa dos trabalhadores”, destaca.
O dirigente sindical orienta que os terceirizados que enfrentarem dificuldades para receber os dias trabalhados para o Santander devem procurar o Sindicato. O telefone da Central de Atendimento é 3188-5200.
Dificuldades – Comunicado da Promo7 relata que trabalhadores foram assediados para migrar para a nova empresa terceirizada contratada “em um cenário de intransigência agravado pelo assédio” e que as mudanças foram “impostas pelo Santander de forma arbitrária”.
A empresa terceirizada comunicou ainda que sem prejuízos aos direitos dos trabalhadores manterá os contratos de trabalho.
Gisele Coutinho – 29/1/2014
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Banco rompe com empresa terceira e Sindicato exige que funcionários tenham acompanhamento sobre direitos trabalhistas, que não devem ser lesados
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