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Boato de reestruturação gera assédio na Caixa

Linha fina
Falta de transparência do banco público causa insegurança entre empregados que trabalham no setor de retaguarda e suporte das agências; trabalhadores devem denunciar ameaças ao Sindicato
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São Paulo – “Logo, logo você terá de se reportar a mim e aí vai ver o que é trabalho de verdade. Vai acabar essa moleza.” Comentários ameaçadores como esse, direcionados a empregados do setor de retaguarda das agências, infelizmente estão cada vez mais comum na Caixa Federal desde que surgiram boatos de que as Girets (Gerências de Retaguarda) serão reestruturadas.

Esse assédio moral começou desde que o banco público iniciou projeto-piloto, em Brasília, por meio do qual o bancário do setor de retaguarda e suporte das unidades deixou de ser subordinado à Giret e passou a integrar a hierarquia das agências, respondendo a demandas de gestores.

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) enviou documento à direção do banco em meados de dezembro solicitando esclarecimentos, mas a resposta da instituição foi dúbia: “Não há informação oficial, por parte da empresa, no sentido de promover a mencionada reestruturação”.

“Essa falta de informação, de transparência, abre brecha para perseguições e assédio moral. Deixa centenas de bancários do setor inseguros sobre o futuro”, afirma o diretor do Sindicato Francisco Pugliesi. “As pessoas não têm de se sujeitar a esse tipo de tratamento desrespeitoso e devem denunciar para que possamos tomar providências.”

A CEE voltará a cobrar explicações da Caixa Federal na primeira negociação deste ano, marcada para 28 de janeiro.

Os trabalhadores devem encaminhar as denúncias por meio do Instrumento de Combate ao Assédio Moral disponibilizado no site (www.spbancarios.com.br/Servicos/denuncia.aspx). O sigilo do denunciante é garantido.


Jair Rosa – 14/1/2016
 
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