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É preciso ter tolerância zero contra machismo

Linha fina
Em nota, CUT critica a banalização da violência contra a mulher, em nota sobre chacina do réveillon de Campinas
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CUT, com edição da Redação Spbancarios
9/1/2017


São Paulo – A Central Única dos Trabalhadores divulgou, em 6 de janeiro, nota de repúdio ao machismo por trás da chacina ocorrida em Campinas, na noite do réveillon e em solidariedade aos parentes e amigos das vítimas. Entre a noite de 31 de dezembro e a madrugada de 1º de janeiro, Sidnei Ramis de Araújo invadiu a casa onde sua ex-mulher, Isamara Filier, comemorava a virada de ano com a família e a matou a tiros de pistola. Assassinou também o filho de oito anos, outras dez pessoas da mesma família e se suicidou em seguida. Sidnei deixou uma carta em que justifica o assassinato da ex-esposa e chama as mulheres de “vadias”.

Leia a nota:

A Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, a Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT-SP e o Coletivo de Mulheres da Subsede Campinas vêm a público se solidarizar com os parentes, amigos e amigas das vítimas da chacina ocorrida na madrugada da virada do ano de 2017, na cidade de Campinas, e manifestar nossa indignação e revolta em relação ao crime cometido por Sidnei Araújo, que matou Isamara, a ex-esposa, o filho e mais dez pessoas, entre membros da família, amigas e amigos, que participavam de uma festa de réveillon.

Assim como acontece em outros feminicídios, o assassino buscou culpar a vítima. Na carta que deixou ele expressou seu ódio às mulheres, e em particular àquelas que ele chama de “vadias”, ao feminismo e às leis que o impediam de subjugar sua ex-esposa. Para esse tipo de pessoa, “vadia” são as mulheres que no seu dia a dia buscam liberdade e autonomia.

Não aceitamos manifestações de machismo, violência e misoginia. Repudiamos a banalização da violência contra a mulher.

Continuaremos nossa luta para que os governos avancem em políticas de combate à violência machista. Nenhum direito a menos: contra a redução de direitos e desmonte de políticas públicas para as mulheres. Pela apuração desse crime.

É fundamental que haja o comprometimento do conjunto da sociedade com o fim da violência.

Basta de violência! “Nenhuma a menos, vivas nos queremos.”

Junéia Batista – Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT
Ana Lúcia Firmino – Secretária Estadual da Mulher Trabalhadora da CUT-SP
Coletivo de Mulheres da Subsede Campinas da CUT-SP
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