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Chapéu
Mobilização

País precisa de 'intervenção social', diz presidente da CUT

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"Todas as categorias estão em manifestação ou estão em greve", ressaltou Vagner Freitas, sobre protestos pelo Brasil. Ele também culpou o governo Temer pela crise de segurança no Rio
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Foto: Frente Brasil Popular

São Paulo – O presidente da CUT, Vagner Freitas, enalteceu o engajamento de sindicatos e movimentos sociais nas mobilizações contra a reforma da Previdência nesta segunda-feira (19) por todo o país. Segundo ele, o movimento sindical conseguiu impôr importante derrota ao governo Temer. "Todas as categorias estão em manifestação ou em greve."

"Ele inventou esse negócio de intervenção, e outras coisas mais, para fazer cortina de fumaça para a derrota que estamos impondo a ele hoje", afirmou Vagner, que reforçou a necessidade de manter os trabalhadores mobilizados e em estado de alerta. 

"O estado da Bahia, por exemplo, está paralisado. Refinaria, bancos, transportes, fábricas. Quem conseguiu, está fazendo uma greve forte. Quem não conseguiu, está fazendo manifestação. Estamos na rua, demonstrando a nossa insatisfação. Isso demonstra que a mobilização funciona. Você pode ter derrotas, mas não perde a batalha se continua lutando", comentou o presidente nos estúdios da TV CUT. 

Sobre a polêmica intervenção federal no Rio de Janeiro, Vagner afirmou que a culpa pela falta de segurança é do governo Temer, que, entre outras medidas, aprovou o congelamento dos gastos sociais por 20 anos. Ele também afirmou que as Forças Armadas não estão preparadas para o combate à criminalidade.

"Não temos que ter intervenção militar, temos que ter antecipação de eleição para que o Brasil volte para a rota, para o eixo. Tem que ter intervenção social, política de educação, expansão do emprego com carteira assinada, não de bico, política de primeiro emprego para a juventude."

Vagner denunciou a mídia tradicional, que, mais uma vez, silencia sobre os protestos dos trabalhadores. "A mídia é o principal partido de direita hoje. Não é o PSDB, nem o MDB, nem o Poder Judiciário."

O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, também destacou a importância das mobilizações dos trabalhadores. "A Previdência é muito mais do que aposentadoria, é um sistema de seguridade social que foi conquistado pela luta dos trabalhadores, e que agora eles querem desmontar, assim como fizeram com a legislação trabalhista." Ele participou de atividades pela manhã na região do ABC paulista, onde metalúrgicos atenderam à recomendação do sindicato da categoria e não foram às fábricas.

O presidente da CTB, Adilson Araújo, também destacou que as ruas do país foram tomadas pelos trabalhadores para conscientizar a população sobre essa tentativa de desmonte da Previdência baseada em uma política neoliberal. 

"Não bastasse aprovar a reforma trabalhista e a terceirização, o governo quer implementar a toque de caixa uma Previdência regressiva. Quem mais vai ser penalizado é o povo trabalhador, o povo pobre, aqueles que mais necessitam", afirmou Adilson.

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, destacou o fechamento de agências em protesto contra a reforma da Previdência. "Com essa reforma, os trabalhadores vão se aposentar apenas quando morrer", destacou. Ela afirmou ainda que essa proposta de reforma coloca em risco todo o sistema de seguridade social. "Com a previdência privada, você pode até se aposentar, lá na frente, mas não vai ter toda essa seguridade." 

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