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Chapéu
Antidemocrático

Processo eleitoral na Funcef restringe direitos dos participantes

Linha fina
Dirigente sindical Valter San Martin, conselheiro da Anapar, critica demora na divulgação do edital, retirada de uma vaga dos trabalhadores na comissão eleitoral e definição da internet como única plataforma de votação
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São Paulo - Às vésperas da eleição na Funcef, dirigentes sindicais sobem o tom das críticas ao processo eleitoral, que contraria os princípios democráticos. Os principais pontos são a restrição de direitos dos eleitores e a diminuição da participação dos trabalhadores nas decisões do fundo de pensão.

>Regras de eleição da Funcef desrespeitam participantes

“São três as nossas principais críticas. Todas as decisões tomadas pela atual diretoria são no intuito de cercear a participação dos eleitores na eleição de abril: a demora na divulgação do edital, a retirada de uma vaga dos trabalhadores na comissão eleitoral e a definição da internet como única plataforma de votação”, comenta o dirigente sindical Valter San Martin, conselheiro da Anapar.

Na eleição de abril serão eleitos – para um mandato de quatro anos – três diretores, dois participantes do Conselho Deliberativo e seus suplentes, um participante do Conselho Fiscal e seu respectivo suplente.

Para o dirigente, o primeiro ponto a ser atacado, a demora na divulgação no edital, dá um tempo menor de preparação às chapas concorrentes aos cargos.

Além disso, a Diretoria Executiva da Fundação tirou uma vaga dos trabalhadores na comissão eleitoral e passou para a patrocinadora (a Caixa). Na nova composição, ao invés de três representantes do trabalhadores, serão apenas dois, mesmo número da Caixa – a Funcef terá um representante.

A definição da internet (via site e aplicativo para telefone celular) como única plataforma de votação é outra proposta criticada. No pleito de abril foram extintas as votações por telefone e por meio do sistema corporativo da Caixa, o SISRH.

“Isso desestimula a adesão de mais eleitores. A informatização total do processo restringe demais a participação”, afirma San Martin, lembrando que na eleição passada, cerca de 52% dos eleitores votaram.  

Para o dirigente, as mudanças no processo eleitoral da Funcef são reflexos de tempos sombrios do golpe no Brasil. “Há em curso uma tentativa de privatização dos bancos públicos e uma série de retirada de direitos básicos dos trabalhadores por parte de Temer, banqueiros e demais aliados.”

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