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Sindicato recebe mentor do Ocupe Wall Street

Linha fina
Stephen Lerner tem mais de três décadas de luta pelos desfavorecidos e, atualmente, coloca suas forças contra o atual sistema financeiro mundial
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São Paulo – Vanguarda na defesa de trabalhadores e de minorias, o Sindicato receberá um dos mentores do movimento Ocupe Wall Street (Occupy Wall Street), que leva para as ruas de diversas cidades dos Estados Unidos milhares de pessoas indignadas com a desigualdade social. Stephen Lerner participará de debate na sede do Sindicato, dia 28 de março, 19h30. O evento será aberto e as inscrições poderão ser feitas pelo site.

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  Lerner tem 54 anos e há três décadas atua na organização de movimentos de trabalhadores na luta por melhores remuneração, condições de trabalho e qualidade de vida. Já fez parte de entidades como International Ladies' Garment Workers' Union (ILGWU) e Communications Workers of America (CWA). Em meados da década de 1980, entrou para o Service Employees International Union (Seiu), entidade integrante da UNI Sindicato Global, onde permanece até os dias de hoje.

Em 2008, no meio do furacão causado pela crise financeira internacional, iniciou uma campanha contra as ações predatórias de bancos e grandes empresas sediadas em Wall Street que tomou corpo não só pelos Estados Unidos repercutindo também em países da Europa e América do Sul. Atualmente, é visto como um dos grandes críticos do sistema financeiro.

Ocupação – A estratégia é manter uma ocupação constante de Wall Street, o setor financeiro da cidade de Nova Iorque, em protesto contra a desigualdade social, a ganância empresarial e o sistema capitalista como um todo. O início deu-se em 17 de setembro de 2011, não tem data para terminar e logo espalhou-se por outras cidades dos Estados Unidos como Boston, Chicago, Los Angeles, Portland, São Francisco, e também de outros países.

A mobilização teve origem em julho do ano passado, quando um grupo conhecido como Adbusters fez a convocação inicial usando um cartaz com uma bailarina fazendo pirueta no lombo da estátua do Grande Touro, símbolo de Wall Street. Logo, um outro grupo, o US Day of Rage, usou sua força na internet para espalhar a convocação pelas redes sociais. A eles, uniu-se também o Anonymous – com suas multiformes máscaras inspiradas no personagem dos quadrinhos “V for Vendetta”. Grosso modo são ativistas, sindicalistas, artistas, estudantes, que se reunirão antes na campanha New Yorkers Against Budget Cuts (Novaiorquinos contra os cortes no orçamento).

As decisões dos manifestantes baseiam-se em Assembleia Geral na qual foram tomadas as decisões para a ocupação na Liberty Plaza, apenas alguns quarteirões ao norte de Wall Street. Caracterizou-se por ter caráter horizontal, anônimo e sem chefes, semelhante a movimentos sociais em todo o mundo, como o da Praça Tahir, no Egito, e Puerta Del Sol, em Madrid.

99% contra 1% – Um dos motes a ganhar corpo durante a mobilização é o 99% contra 1%, ou seja, a maioria esmagadora da população dos Estados Unidos que não é rica contra a minoria dos ricos, que abocanha boa parte das riquezas produzidas naquele país.


Redação, com informações da Carta Maior - 12/3/2012

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