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São Paulo – De forma a tornar as coisas mais convenientes para o banco, alguns gestores do Vila Santander estão impondo aos trabalhadores suas próprias regras em vez de cumprir o que determina o acordo coletivo sobre o call center. A prática que desrespeita o que foi ratificado entre o Sindicato e a instituição financeira está afetando folgas, pausas e as verbas relativas a remuneração variável.
A principal violação do acordo, e que está gerando grande insatisfação entre os funcionários, é o desrespeito às folgas que podem ser agendadas ao final das férias para compensar feriados trabalhados. Os gestores só estão permitindo uma folga, mas o acordo coletivo (clique aqui) não prevê limite, desde que o bancário avise dentro do prazo estabelecido, que é de cinco dias de antecedência do feriado trabalhado. Ou seja, se o funcionário trabalhou em cinco feriados, ele tem o direito a tirar 35 dias de férias (ou 25, se ele optou por vender 10 dias).
A pausa para o uso do banheiro é livre e garantida pelo acordo coletivo. Entretanto, os trabalhadores estão sendo obrigados a fazer esse intervalo em 10 minutos. Quem não cumpre o tempo sofre impacto na sua aderência, prejudicando a Avaliação de Qualidade Operacional (AQO) e, consequentemente, a remuneração variável.
Outra grande reclamação está relacionada à pausa para o lanche. É comum os bancários estarem em meio a um atendimento no horário agendado no ponto para o lanche. E quem cumpre essa pausa fora do período fixado previamente também é penalizado na AQO e perde a remuneração variável.
O acordo venceu em novembro, mas foi prorrogado pelo banco. Por isso continua em vigência, explica André Bezerra, dirigente sindical e funcionário do Santander. “O Sindicato está preparando a proposta de renovação, mas é imprescindível que as cláusulas já existentes sejam respeitadas por todos os supervisores”, afirma.
O acordo coletivo para call center do Santander é fruto da mobilização dos bancários junto ao Sindicato e garante uma série de direitos (clique aqui).
“O documento foi construído em conjunto entre o movimento sindical e o banco, por isso deve ser acatado pelos gestores, mas se os desrespeitos continuarem, nós tomaremos as medidas necessárias", finaliza André Bezerra.
Rodolfo Wrolli – 28/3/2016
A principal violação do acordo, e que está gerando grande insatisfação entre os funcionários, é o desrespeito às folgas que podem ser agendadas ao final das férias para compensar feriados trabalhados. Os gestores só estão permitindo uma folga, mas o acordo coletivo (clique aqui) não prevê limite, desde que o bancário avise dentro do prazo estabelecido, que é de cinco dias de antecedência do feriado trabalhado. Ou seja, se o funcionário trabalhou em cinco feriados, ele tem o direito a tirar 35 dias de férias (ou 25, se ele optou por vender 10 dias).
A pausa para o uso do banheiro é livre e garantida pelo acordo coletivo. Entretanto, os trabalhadores estão sendo obrigados a fazer esse intervalo em 10 minutos. Quem não cumpre o tempo sofre impacto na sua aderência, prejudicando a Avaliação de Qualidade Operacional (AQO) e, consequentemente, a remuneração variável.
Outra grande reclamação está relacionada à pausa para o lanche. É comum os bancários estarem em meio a um atendimento no horário agendado no ponto para o lanche. E quem cumpre essa pausa fora do período fixado previamente também é penalizado na AQO e perde a remuneração variável.
O acordo venceu em novembro, mas foi prorrogado pelo banco. Por isso continua em vigência, explica André Bezerra, dirigente sindical e funcionário do Santander. “O Sindicato está preparando a proposta de renovação, mas é imprescindível que as cláusulas já existentes sejam respeitadas por todos os supervisores”, afirma.
O acordo coletivo para call center do Santander é fruto da mobilização dos bancários junto ao Sindicato e garante uma série de direitos (clique aqui).
“O documento foi construído em conjunto entre o movimento sindical e o banco, por isso deve ser acatado pelos gestores, mas se os desrespeitos continuarem, nós tomaremos as medidas necessárias", finaliza André Bezerra.
Rodolfo Wrolli – 28/3/2016