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Chapéu
Emprego

Bancos aprofundam desigualdade salarial entre gêneros

Linha fina
Média salarial das mulheres contratadas em janeiro é cerca de 28% inferior à dos homens, segundo o Caged
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Foto: Taís Nozue / Arquivo / Seeb-SP

São Paulo – Bancários contratados no mês de janeiro têm média salarial 43% inferior à dos desligados no mesmo período. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

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Durante o mês, os bancos contrataram 2.599 novos bancários e desligaram 1.947 trabalhadores de seus quadros, o que representa um saldo positivo de 652 novos trabalhadores. Por outro lado, o salário médio dos desligados era de R$ 6.512, enquanto que a média dos recém admitidos foi de R$ 3.737.

No caso das mulheres, a situação é ainda mais alarmante. O salário médio das bancárias desligadas em janeiro era de R$ 5.650. Para as admitidas, a média caiu para R$ 3.116, representando uma queda de 45%.

Já os homens apresentavam média salarial de R$ 7.406 entre os desligados. Para os admitidos, a média caiu 41%, ficando em R$ 4.342.

Desigualdade – Os números reforçam a desigualdade de gênero sistêmica no trabalho bancário, que se agrava com os dados de janeiro. Se entre desligadas a média salarial era 24% menor que entre os homens desligados, as mulheres admitidas em janeiro apresentam média salarial 28% menor que a dos bancários contratados no período.

“Os bancos apresentam uma lucratividade exorbitante, mesmo em cenários econômicos adversos. Mesmo assim, seguem demitindo e promovendo essas diferenciações de gênero, com mulheres recebendo menos que os homens. Nada justifica, diante de tantos ganhos por parte dos banqueiros, essas discrepâncias”, afirmou Marta Soares, secretária de Imprensa e Comunicação do Sindicato.

O Sindicato defende a promoção da igualdade de oportunidades no ambiente de trabalho – inclusive com uma Comissão Bipartite prevista pela cláusula 49 da CCT para tratar permanentemente do assunto –, mais contratações e equiparação salarial.

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