São Paulo – Jovens de diversas categorias sindicais realizaram, em São Paulo, na sexta-feira 2, a 5ª Reunião da Rede de Juventude UniAmericas-Brasil e refletiram sobre os desafios da luta sindical no cenário pós reforma trabalhista. “O momento é muito difícil, mas a juventude segue empenhada em contribuir para a construção de novas formas de fazer a luta”, disse Lucimara Malaquias, presidente de juventude da UniAmericas e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
A reunião ocorreu na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo e contou com a participação de representantes de nove entidades sindicais (Contraf-CUT, Fisenge, Contratuh, Contec, Siemaco, Sindicato dos Vendedores, CNTC, Sentraco, SPBancários e Simsaude).
Os jovens sindicalistas também avaliaram a 1ª Oficina de Formação da Juventude. "A avaliação da 1ª Oficina de Formação da Juventude foi extremamente positiva. A construção e financiamento foram coletivos, o que mostra a disposição da juventude em construir novas formas de fazer a luta, mesmo com todas as dificuldades que enfrentamos atualmente. Já iniciamos a organização da 2ª Oficina, prevista para este ano”, informou Lucimara, que também é dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Nova coordenação – A eleição para a coordenação e secretarias de Ata e de Comunicação da Rede de Juventude UniAmericas-Brasil também estava na pauta da reunião. Katlin Salles, do Sindicato dos Bancários de Curitiba e também titular da Rede de Juventude UniAmericas-Brasil representando a Contraf-CUT assume a coordenação.
Daniela Myachiro, do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região, será secretária de Atas, e Lucimara Malaquias será secretária de Comunicação, que assumiu com o compromisso de fazer a transição para Marcio Vieira, do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
“A coordenação deste grupo me deixa muito honrada e hoje a participação dos jovens não está apenas na praça, na rua, mas, também, no mundo virtual, eletrônico, onde a juventude dialoga e intervém. A praça e tela se completam”, disse Katlin.
Para ela, o grupo realizou um bom trabalho na oficina de 2017, trazendo informações importantes, com uma linguagem clara para os jovens, que podem contribuir para vencer a barreira da comunicação. “Precisamos falar a mesma língua para unir as gerações. Este é um grande passo para romper a trava entre a experiência e a energia da juventude”, disse Katlin Salle.
“A luta de classes e a esquerda brasileira necessitam de novas formas para reinventar sua atuação política e seu diálogo com a sociedade, principalmente com aquela parcela que insiste em tachar os jovens de rebeldes e não percebe que o papel da juventude não é apenas o de agitação. Também estamos aptos para a tarefa de formulação política” completou a nova coordenadora da Rede de Juventude UniAmericas-Brasil.
A nova coordenação vai continuar trabalhando em grupo, buscando envolver todos os membros da Rede de Juventude UniAmericas-Brasil na construção e articulação das suas atividades, sem perpetuar as mesmas nos cargos.