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Reestruturação: superintendente de SP garante realocações

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Em reunião com dirigentes sindicais, Robert Kennedy ficou de apresentar até esta quarta 18, estudo para garantir que empregados que ainda não foram realocados na reestruturação não fiquem sem vagas. Também foram abordadas medidas sobre o coronavírus
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Foto: Seeb-SP

Dirigentes sindicais reuniram-se na tarde de segunda-feira 16 com o superintendente (SUV) de São Paulo, Robert Kennedy, para debater as mudanças de cargos e realocações promovidas pela reestruturação em curso no banco.

Segundo a diretora do Sindicato Vivian Sá, uma das principais preocupações dos empregados de São Paulo que ainda não foram nomeados é ficar sem o cargo. “Vários bancários permanecem em funções que serão extintas, pois ainda não foram nomeados para a nova função. Apesar de a Caixa ainda não ter dado o prazo final para a extinção dessas vagas, eles estão com medo de, mesmo havendo vagas, não conseguirem a realocação para um novo cargo e, assim, ficarem sem suas gratificações de função”, explica Vivian.

“O que o superintendente nos disse é que essa também é uma preocupação deles, e que estão estudando uma forma de realocar as pessoas e ao mesmo tempo não expor empregados com qualquer tipo de "ranqueamento" dentro do processo. Ele informou que nas superintendências ligadas a ele, isso não vai acontecer, e que processos seletivos e nomeação por score só se darão após o processo por lateralidade terminar e não houver profissionais sem vaga”, informa a dirigente.

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Portanto, apesar de haver possibilidade em outros estados que já alocaram seus profissionais, Robert Kennedy suspendeu as nomeações da rede por score e PSIs na superintendência de sua responsabilidade. “Em outros estados, onde as pessoas já foram realocadas e não há mais busca de vagas, o que acontece agora é a busca por promoções. Mas como em São Paulo a reestruturação ainda não terminou, ele está suspendendo esse processo”, relata Vivian.

Os dirigentes também disseram que uma das preocupações dos empregados é achar vagas próximas de suas casas. “Nós levamos essa demanda dos bancários a eles, e esperamos que sejam levadas em consideração no momento da realocação entre diferentes superintendências de rede inclusive”, destaca a dirigente.

Coronavírus

Foram colocadas ainda, durante a reunião, preocupações dos bancários em relação ao Covid-19. Apesar da reunião ter sido chamada para tratar da reestruturação, os bancários têm levantado questões importantes sobre como a Caixa está sendo omissa em algumas situações referentes ao enfrentamento à doença. “Tirar dinheiro do pronto pagamento e deixar a cargo do gestor local comprar álcool gel não é a melhor solução. Também é necessário afastar ou dar teletrabalho automaticamente aos bancários do grupo de risco. Outra sugestão é suspender metas de vendas e cobrança por parte da gestão. É um absurdo continuar, ainda mais que este é um banco público, com interesse 100% público”, diz Vivian.

Os dirigentes também destacaram que é a área de logística que deveria estar encarregada de cuidar dos materiais necessários à prevenção contra o contágio, como álcool gel, por exemplo. E não deixar isto a cargo de cada agência. “Temos também áreas de pessoas e sistemas para fazer a parte operacional de afastamentos e a restrição de entrada nos locais”, acrescenta.

Vivian lembra que questões sobre o coronavírus foram tratadas em reunião, por vídeo conferência, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Veja aqui o que foi acertado e discutido.

Também participaram da reunião com o superintendente, o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa e também diretor do Sindicato, Dionísio Reis, o dirigente da Contraf-CUT Sérgio Takemoto e o diretor presidente da Apcef-SP, Kardec de Jesus Bezerra.

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