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Sindicato cobra e Banco do Brasil volta com substituições temporárias

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Imagem mostra bancários comemorando em frente a um amarca gráfica do logo do banco do brasil

Em face da mobilização do Sindicato dos Bancários de São Paulo ao lado dos trabalhadores, o Banco do Brasil informou que as substituições temporárias voltarão a ser autorizadas a partir de novembro. O compromisso foi feito em reunião realizada na tarde desta quarta-feira 29.

“A decisão é resultado direto da mobilização dos bancários nas atividades de paralisação dos prédios do banco em São Paulo durante do Dia Nacional de Luta realizado no ultimo dia 22, o que contribuiu muito para o banco voltar atrás. Os avanços ainda não são suficientes e permaneceremos mobilizados na defesa dos direitos dos trabalhadores”, afirma Antonio Netto, representante da Fetec-CUT/SP na CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil).

O movimento sindical pressionava a direção do BB desde que o banco havia comunicado, no início de outubro, a proibição de os gerentes da rede acionarem a substituição temporária nos meses de novembro e dezembro — medida que, na prática, impedia a designação de funcionários para cobrir colegas em férias, abonos ou licenças médicas.

Em 2023, o retorno das substituições foi celebrado como uma conquista histórica da categoria, fruto de anos de luta. Por isso, a decisão do banco de suspender novamente o mecanismo gerou grande indignação entre os trabalhadores, que a consideraram um retrocesso. A justificativa do BB foi a necessidade de "controle e racionalização das despesas administrativas".

Com a mobilização e o diálogo conduzido pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), o banco reverteu a orientação e confirmou a retomada das substituições já em novembro.

Quanto a dezembro, a instituição afirmou que nunca houve previsão de substituições para esse mês. No entanto, o tema permanecerá como uma reivindicação da representação dos trabalhadores.

"Valorizamos que o banco tenha recuado dessa decisão, tomada sem qualquer negociação com a representação dos trabalhadores. Seguiremos cobrando que as substituições também sejam garantidas em dezembro, pois é justo que os trabalhadores recebam pelo trabalho que efetivamente exercem”, afirma Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB.

O Banco do Brasil também negou qualquer orientação para impedir que os funcionários tirem férias em janeiro. “Os funcionários que cancelaram as férias em novembro poderão voltar a agendá-las. E se tiverem dificuldade, orientamos que procurem seus sindicatos”, reforçou Fernanda.

A CEBB cobrou veementemente o agendamento de uma mesa de negociação para tratar com seriedade as metas no BB, que hoje são o maior problema relatado pelos trabalhadores.

“Estamos muito preocupados com esta questão porque os relatos sobre abusos de metas nas unidades de varejo e na CRBB são cada vez mais recorrentes e mais graves”, destaca Antonio.

Também foram levantadas as pautas da manutenção da jornada de trabalho de 6 horas, da volta da ajuda de custo de deslocamento para as PSOs e da retomada do debate de custeio da Cassi.

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