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Chapéu
Reestruturação

Bancários e Sindicato paralisam prédios do Banco do Brasil em Dia Nacional de Luta

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Imagem mostra dirigentes sindicais em frente ao Complexo São João do Banco do Brasil. Eles estão perfilados e portam uma faixa onde se lê "Os bancários merecem respeito"

Funcionários do Banco do Brasil de todo o país deflagraram um Dia Nacional de Luta nesta quarta-feira 22 para denunciar a reestruturação que ameaça as funções, reduz postos de trabalho e aumenta as metas e a jornada de trabalho.

Na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo foram paralisados das 7h ao meio-dia os complexos Verbo Divino e São João, e a Super BB.

“O Banco do Brasil tem feito um atropelo com a mudança de jornada de trabalho de seis para oito horas e as metas estão abusivas para a área comercial. As pessoas estão adoecendo, pedindo demissão, estão em desespero. A gente quer rever isso”, afirma Diego Pepe Pereira, diretor do Sindicato e Bancário do BB.

Mudanças na substituição

A paralisação também foi motivada pela mudança na substituição – nos meses de novembro e dezembro, os gerentes da rede estarão proibidos de acionar a substituição temporária — medida que, na prática, impede a designação de funcionários para cobrir colegas em férias, abonos ou licenças médicas.

Em 2023, os trabalhadores garantiram o retorno das substituições, uma antiga reivindicação do funcionalismo do BB. Agora, alegando “controle e racionalização das despesas administrativas do banco”, a direção da empresa cancela as substituições nesses dois meses e ainda pressiona para que os funcionários não saiam de férias nesse período.

“Esse é o momento de a gente resistir e mostrar o nosso descontentamento. Uma ação nacional ajuda muito a pressionar o banco”, destaca Willame de Lavor, diretor da Fetec-CUT/SP e bancário do BB.

‘Muito decepcionado com a atual gestão’

A atividade recebeu muito apoio dos funcionários, que também expressaram sua indignação: “Eu fico muito decepcionado com a atual gestão, pegou muito de surpresa, porque mudou muito. Desde a diminuição da participação do lucro, que foi muito baixo, e agora essa mudança da jornada de seis para oito horas. Não tem cabimento”, desabafou um bancário do Complexo São João durante a atividade.

“E com relação a metas abusivas, a gente é uma empresa de economia mista, não é um banco privado. Espanta muito essa gestão fazer tudo isso no final do ano, mudar a rotina dos funcionários sem ter um trabalho antecipado com o Sindicato. O pessoal está muito triste, apreensivo. Começou com os assessores, mas a gente sabe que não vai ficar só lá, e a gente conta muito com a ajuda do Sindicato nessa hora”, acrescentou.

Ele finalizou com um recado para a gestão do Banco do Brasil: “Para de agir de forma política e pensa no lado humano. Um ano que se falou tanto de saúde mental, será que não é a hora, primeiro, de trabalhar isso com cuidado, com calma, em conjunto com o Sindicato?”, questionou.

“Ao invés de cobrar metas abusivas e criar cargos de oito horas, o banco deveria atender as reivindicações dos trabalhadores: apresentar uma proposta com relação ao custeio da Cassi e aos incorporados e tratar com mais respeito na cobrança de metas, porque os problemas do banco serão resolvidos com respeito, e não chicoteando os trabalhadores”, afirma Antonio Netto, representante da Fetec-CUT/SP na CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil).

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